10 de julho, de 2025 | 08:35
População é convidada a conhecer espaço da Casa do Artesão Matizes, em Ipatinga
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Antes da existência da associação Casa do Artesão Matizes, um grupo de artesãos de Ipatinga expunha somente em ruas e feiras e, desde 2012, o espaço cedido pela administração municipal, situado no Novo Centro, é aberto para quem quiser fazer parte. Ao Diário do Aço, a presidente Olívia Aparecida Cunha Miranda relatou que muitas pessoas passam pelo espaço e não sabem para quê é dedicado.
Mesmo estando aqui há cerca de 13 anos, aparece uma pessoa que nunca entrou na casa. Acho que é porque ficamos um pouquinho afastados do centro da cidade, né?! E às vezes não temos uma visibilidade tão grande como gostaríamos. Temos coisas lindíssimas, todas trabalhadas manualmente e bem-acabadas, para presentear ou decorar a casa”, disse ao jornal.
A presidente também pontuou que é feito um rodízio” de artesãos, portanto, a cada dia há uma peça diferente. Eles trazem para cá o que produzem, então, as pessoas irão encontrar desde bolsa de bebê a trabalho com reciclagem”, afirmou.
Oficinas
Na Casa do Artesão, também existem oficinas voltadas a qualquer mão que queira criar, de segunda-feira a sábado. É uma arteterapia. Muitas pessoas que vêm aqui estão com problemas de saúde, como depressão ou síndrome do pânico. E, às vezes, as pessoas não sabem nem pegar numa agulha ou botão, mas ensinamos tudo que queiram aprender”, detalhou Olívia.
Para participar das oficinas, é necessário acessar o formulário que está disponível no perfil de Instagram @casadoartesaomatizes. Àqueles que desejarem ser um artesão da casa, basta fazer uma ficha de inscrição e se associar.
Uma descoberta”
A bonequeira Janete Carla da Silva Arêdes, de Inhapim, trabalha com costura criativa e descobriu a Matizes por meio de uma amiga que também faz parte da associação. Cheguei aqui e me apaixonei. Eu e minhas amigas artesãs trabalhamos em conjunto. Sou associada há mais de um ano, mas nascemos artesãs. Não temos como falar a partir de tal dia nos descobrimos artesãs. Desde criança a gente pega uma tesoura, uma agulha, e fura o dedo na máquina de costura da mãe”, brincou.
A mestra Neuza Maria da Silva ganhou o reconhecimento do Estado por meio do notório saber, e trabalha com crivo, Richelieu, bainha aberta e bordados livres. Estar na Matizes é uma alegria muito grande, uma satisfação ter esse convívio. Aprendemos muitas coisas”, finalizou.
Para acompanhar o trabalho da casa, também é possível acessar o Instagram @casadoartesaomatizes.
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