11 de julho, de 2025 | 13:51

Fiemg defende diálogo entre governo brasileiro e EUA para busca de solução sobre taxas

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Em entrevista coletiva, Flávio Roscoe lembrou que os Estados Unidos são um parceiro estratégico para o Brasil e entende que cooperação é saída para impasseEm entrevista coletiva, Flávio Roscoe lembrou que os Estados Unidos são um parceiro estratégico para o Brasil e entende que cooperação é saída para impasse


A taxação de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros vai impactar importantes setores da indústria mineira, sobretudo siderurgia e metalurgia. Nesse sentido, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, defendeu, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (10), um amplo processo de negociação entre os dois países para a busca de soluções a partir da diplomacia e não da retaliação ou reciprocidade.

“A tarifa americana não gera impacto inflacionário no Brasil. Talvez até ocorra um impacto deflacionário porque alguns produtos serão ofertados pelo mercado interno. Mas o oposto, a reciprocidade da taxação, tem potencial para gerar impacto inflacionário na economia brasileira”, alertou o presidente da Fiemg.

“O setor mais afetado certamente é o siderúrgico, que já passa por um momento de crise internacional pelo excesso de exportações por parte da China”, disse Roscoe a respeito de um dos segmentos mais importantes da indústria mineira. No caso do café, o presidente da Fiemg acredita que o produto pode ter mais facilidade para encontrar outros mercados devido a suas características e dimensão.

Roscoe lembrou que os Estados Unidos são um parceiro estratégico para o Brasil. No caso de Minas Gerais, os estadunidenses são o principal mercado do segmento de transformação. Se a tarifa extra de 50% não retroceder, Roscoe prevê que alguns setores da indústria mineira enfrentarão dificuldades para encontrar outros mercados importadores, especialmente os produtos de maior valor agregado. “Vários outros produtos industrializados brasileiros já concorrem no mercado internacional, geralmente com a China ou com outros países”, acrescentou.

Diante de um cenário de reorganização geopolítica e tensão entre as principais economias mundiais – EUA e China -, Flávio Roscoe reforçou a necessidade de o governo adotar uma postura neutra no contexto internacional. “Estados Unidos é um parceiro tradicional do Brasil. Do ponto de vista geográfico, faz todo o sentido que as nossas economias tenham um fluxo de comércio ativo e complementares e, no nosso entendimento, ambos os países perdem muito”.
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