
13 de julho, de 2025 | 05:00
Volta do Brasileirão
Fernando Rocha*
O Campeonato Brasileiro está de volta neste fim de semana com os jogos da 13ª rodada. O Galo foi ontem a Salvador enfrentar o Bahia enquanto o Cruzeiro joga hoje no Mineirão, um clássico nacional contra o Grêmio.
O time celeste fez dois amistosos no Espírito Santo contra times argentinos da segunda prateleira, Defensa y Justicia e Banfield. Perdeu para o primeiro e ganhou do segundo, o que serviu para o técnico Leonardo Jardim rodar o elenco e os jogadores destravarem a musculatura despois das férias.
Se o time vai voltar hoje com a mesma performance anterior à parada do Mundial vence o tricolor gaúcho, que não vive um bom momento, até com facilidade.
O que não se pode cravar é exatamente isso, como irá voltar o time celeste depois de um mês parado, sem jogos oficiais, e os jogadores retornando de férias, o que a bem da verdade trata-se de uma lógica que também se aplica aos concorrentes.
Muuuito favorito!
Depois do sacode, vareio, como queiram, 4 x 0 no poderoso Real Madrid, será a vez do francês PSG decidir hoje o Mundial de Clubes contra o Chelsea da Inglaterra.
Escrevi nesta coluna alguns dias atrás que o PSG, atual campeão da Champions League, é o time que hoje joga o melhor futebol no mundo.
Esse time comandado pelo técnico espanhol Luis Enrique faz o que quer contra qualquer adversário, toma conta do jogo e comanda as ações, até impor-lhe a derrota de forma inapelável.
Marca pressão no campo adversário com enorme precisão, provoca o erro na saída de bola e aproveita como ninguém essas falhas que são traduzidas em gols.
Não é a perfeição, algo que não existe no futebol, o esporte coletivo mais complexo que existe no planeta, tanto que este poderoso PSG foi derrotado neste mesmo torneio pelo já eliminado Botafogo.
Mas é de se admirar o futebol do PSG, coletivo, sem crises de estrelismo de nenhum jogador, que chega hoje à final contra o Chelsea não só como favorito, mas muiiiiito favorito.
FIM DE PAPO
O Atlético terá pela frente uma maratona de jogos dificílimos até 31/7. Serão seis jogos em 19 dias, sendo cinco fora da Arena MRV e apenas um em sua casa. Pior ainda, três deles fora de BH contra Palmeiras e Flamengo, os dois melhores times do continente. A saga do Galo começou ontem em Salvador contra o Bahia; na próxima quinta-feira vai à Colômbia enfrentar o Atlético Bucaramanga pela Sul-Americana; no próximo domingo tem o Palmeiras pela frente, no Allianz Parque; na quarta-feira seguinte recebe o Bucaramanga na Arena MRV; no domingo, 27, o Flamengo pelo Brasileirão, no Maracanã; na sequência outra vez encara o Rubro-negro fora de casa, jogo de ida pelas oitavas da Copa do Brasil.
O assunto que mais preocupa e chateia a torcida do Atlético no momento é a difícil situação financeira do clube. Algo recorrente antes de se transformar em SAF. Houve a promessa dos donos atuais de que isso nunca mais voltaria a acontecer. Na última semana, jogadores tiveram duas reuniões, a primeira com o gerente de futebol, Victor Bagy, para tratar do assunto. Não satisfeitos com o que ouviram, os atletas pediram e tiveram uma reunião com o CEO do clube, Bruno Muzzi, onde se confirmou o famoso devo, não nego, pago quando puder”. Segundo informações de bastidores, o clube promete se esforçar para quitar todos os débitos até novembro próximo. O torcedor alvinegro só espera que, diante dessa situação constrangedora, a Lei do Vampeta” não prospere no Galo: Eles fingem que pagam, a gente finge que joga”.
A Fifa baixou em até 90% o preço dos ingressos da partida Chelsea 2 x 0 Fluminense por causa da pouca procura. A venda esquentou e o público chegou a 70.556 torcedores presentes. O Fluminense volta para casa, em tese, com uma grana inimaginável em premiações na bagagem: R$ 350 milhões. Porém, na prática, o valor não é este, pois na terra do doido varrido Trump, o imposto de renda leva 40% da grana, R$ 140 milhões. Como é uma associação sem fins lucrativos, o tricolor escapa do Leão no Brasil, mas o montante líquido que vai entrar no seu cofre é na verdade R$ 210 milhões.
Sem o pachequismo dos comentaristas da Globo, Roger Flores e Caio Ribeiro, que sugeriram até que a torcida do Fluminense fosse ao aeroporto receber os jogadores, considero extraordinária a campanha do time neste Mundial de Clubes, por se tratar do time mais fraco de todos os representantes sul-americanos. Jogadores e o técnico Renato Gaúcho merecem todo nosso aplauso, principalmente o treinador, que além de boleirão, mostrou-se também bom na parte tática. (Fecha o pano!)
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