15 de julho, de 2025 | 08:00

Moradores cobram intervenções em rua do Canaã para evitar enchentes em período chuvoso

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Apesar de ainda ser inverno, estação conhecida pelo tempo seco, clima ameno e período de estiagem, a temporada de chuva, que tem início em meados de novembro, já causa apreensão na população, principalmente residentes de locais fortemente atingidos pelo temporal de janeiro, como é o caso de Ipatinga.

Moradores do bairro Canãa, sobretudo da rua Ester, procuraram a reportagem do Diário do Aço e relataram que têm solicitado à administração municipal obras que possam evitar novas enchentes no local.

Apesar da chuva do dia 12 de janeiro deste ano ter apresentado um potencial de destruição acima da média, os alagamentos na via são históricos. Já, nas partes altas, o temporal deixou um saldo de desabrigados e vidas perdidas, conforme noticiado pelo Diário do Aço. Com esses episódios, famílias e comerciantes registraram prejuízos devido ao fato de as residências e lojas terem sido inundadas, com perdas de mercadorias, eletrodomésticos, móveis e demais objetos.

“O que aconteceu aqui foi uma situação terrível. No dia 12 de janeiro, a gente acordou 2h30 com a casa lotada de água. A água tinha inundado tanto a avenida Gerasa quanto aqui na rua Ester e na rua Judite. Estava parecendo um mar de água suja e de lama. Acordamos com água a um metro dentro de casa, perdemos as coisas tudo e tivemos que ter uma despesa muito grande para repor. Essa não é a primeira vez que acontece”, relata Sebastião Alves de Andrade, de 71 anos, que mora no bairro há 46 anos.

Ainda conforme Sebastião, foi feita uma intervenção na rua há alguns anos, e que havia sanado grande parte do problema, no entanto, ele alega a necessidade de instalar manilhas com diâmetros maiores, para que a água possa escoar com facilidade, evitando que ela retorne para a via.

“Quando a galeria Gerasa enche, a água da nossa rua não vai para lá, porque ela fica parada e aí vira esse mar de água. A gente queria ver se a prefeitura vai tomar alguma providência porque com esses eventos extremos da mudança de clima vão acontecer direto, então a gente não pode achar que não vai acontecer mais”, afirma o morador. Em entrevista ao jornal, ele citou o Rio Grande do Sul, que no ano passado foi fortemente impactado por uma forte tromba d'água. “Foi falado que tinha 50 anos que não acontecia [uma chuva como aquela] e neste ano aconteceu de novo”, complementou.

Ainda conforme Sebastião, a pedido dos vizinhos, ele procurou a administração municipal e também conversou com vereadores sobre a preocupação dos moradores. “A sugestão que a gente tem é que eles fizessem a captação de água na avenida com uma manilha de diâmetro maior, que levasse até no Caçula para desaguar no ribeirão. É uma obra grande, mas que resolveria”, sugere.

Governo se posiciona
Por meio de nota, o governo municipal informa que será promovida uma vistoria técnica na galeria localizada nas proximidades da Gerasa, com o objetivo de avaliar as condições do local e analisar a viabilidade de possíveis intervenções preventivas antes do próximo período chuvoso. “A proposta apresentada por moradores, que sugerem a substituição das manilhas por outras de maior diâmetro, será considerada durante a avaliação. No entanto, é importante ressaltar que cada situação demanda análise criteriosa, pois a solução mais adequada depende de diversos fatores estruturais e hidráulicos”.

O Executivo reitera seu compromisso com a segurança da população e informa que equipes da Secretaria de Obras já estão mapeando pontos críticos em toda a cidade, com foco em ações preventivas contra alagamentos e deslizamentos.