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15 de julho, de 2025 | 20:55

Acusados de assassinar gesseiro no Cidade Nobre são condenados

Wellington Fred
Julgamento iniciado na manhã desta terça-feira foi encerrado por volta de 19h30, com a condenação dos dois réusJulgamento iniciado na manhã desta terça-feira foi encerrado por volta de 19h30, com a condenação dos dois réus

Terminou por volta de 19h30 desta terça-feira o julgamento dos réus Fernando Carvalho de Lima, de 41 anos, e Juliano Rodrigues da Silva, de 36, condenados pela morte do gesseiro Amós Celestino da Silva, de 30 anos, executado a tiros em julho de 2024 dentro de um estabelecimento comercial na avenida Carlos Chagas, bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. Ambos os réus estão presos preventivamente desde o dia seguinte ao crime, conforme divulgou o Diário do Aço na ocasião.

Ao fim da sessão, o juiz de Direito, Felipe Ceolin Lírio, da Vara de Execuções Penais, de Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga, explicou a sentença. Em relação ao réu Fernando Carvalho de Lima, os jurados, por maioria, reconheceram a qualificadora do motivo torpe, o perigo comum (disparos feitos em local público) e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Com isso, a pena de Fernando Carvalho de Lima ficou fixada em 33 anos e 4 meses de reclusão.

Quanto ao segundo acusado, Juliano Rodrigues da Silva, os jurados, por maioria, reconheceram a materialidade, mas entenderam que teve participação com menor importância no crime, mantendo as três qualificadoras: motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. Com isso, a pena ficou em 20 anos de reclusão.

Os advogados que atuaram na defesa, Ricardo Borges e Joel João de Brito Júnior, anunciaram que irão recorrer da sentença.

Os réus não foram beneficiados com o direito de recorrer da sentença em liberdade e, com isso, o magistrado que presidiu a sessão manteve a prisão preventiva de ambos os acusados.
Wellington Fred + reprodução
Amós Celestino da Silva, 30 anos foi perseguido e assassinado a tiros na noite de 10 de julho de 2024, no bairro Cidade Nobre Amós Celestino da Silva, 30 anos foi perseguido e assassinado a tiros na noite de 10 de julho de 2024, no bairro Cidade Nobre

Os dois réus foram sentenciados também ao pagamento de indenização à família da vítima, que deixou esposa e três filhos, no montante de R$ 50 mil, “sem prejuízo de ação civil pertinente”, enfatizou o magistrado.

Debates no Tribunal

No julgamento desta terça-feira, feito no plenário da Câmara de Ipatinga, em função de obras no Fórum Valéria Vieira Alves, defesa e acusação travaram debates acerca da motivação do crime.

A acusação formulada pelo promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, representante do Ministério Público, e advogados que atuaram na assistência da acusação afirmaram que a motivação foi uma suposta infidelidade. Fernando teria flagrado conversas telefônicas entre o gesseiro e a esposa e, para a acusação, decidiu se vingar.

Segundo relatou o promotor, “a vítima, Amós Celestino da Silva, de 30 anos à época, foi perseguida pelos acusados, que se deslocavam em uma motocicleta. Ao perceber o risco iminente, tentou abrigar-se dentro do comércio (Vale Máquinas de Costura). No entanto, mesmo diante do gesto de rendição, Fernando Carvalho de Lima adentrou o local e, em conluio com Juliano Rodrigues da Silva, efetuou diversos disparos de arma de fogo, atingindo mortalmente a vítima, que não teve qualquer chance de defesa. A ação ocorreu na presença de funcionários e clientes, gerando risco à integridade de terceiros”, detalhou o promotor.

A defesa dos réus, entretanto, contestou a afirmação e sustentou que o crime foi motivado por um desentendimento no trânsito.
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Comentários

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Valdecir

15 de julho, 2025 | 21:57

“Está preso e aí? Adiantou matar o cara?”

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