17 de julho, de 2025 | 08:00

Ipatinga e Timóteo lideram índices de alfabetização no Vale do Aço, aponta levantamento

Divulgação
Em dois municípios da RMVA, 70% dos alunos do 2º ano foram alfabetizados na idade certa Em dois municípios da RMVA, 70% dos alunos do 2º ano foram alfabetizados na idade certa

Por Bruna Lage - Repórter Diário do Aço
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que dos quatro municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), três atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) para o ano de 2024. Ipatinga e Timóteo dividem a liderança, com mais 70% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental alfabetizados na idade certa (até 7 anos) estipulada pelo Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa.

O indicador, divulgado na semana passada, é calculado com base nos resultados das avaliações da alfabetização, conduzidas pelos sistemas estaduais em organização complementar ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O levantamento é do geógrafo William Passos, coordenador estatístico e de pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, em entrevista ao jornal Diário do Aço. De acordo com o levantamento, atingiram a meta estabelecida pelo MEC na Região Metropolitana do Vale do Aço: Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano. Por sua vez Santana do Paraíso não atingiu a meta.

Desempenho
William destaca que a maioria dos municípios brasileiros não se aproxima dos resultados apresentados no Vale do Aço. Entretanto, acrescenta o geógrafo, isso não quer dizer que todos os problemas estão resolvidos e que não seja necessário promover melhorias nas redes de ensino, em especial, nas redes municipais, que são aquelas que alfabetizam.

“Significa que, na comparação com a grande maioria dos municípios brasileiros, no aspecto conseguir alfabetizar crianças, isto é, conseguir fazer as crianças lerem e interpretarem textos e fazer cálculos matemáticos simples, os municípios do Vale do Aço têm um desempenho melhor. Criança que estuda em rede municipal do Vale do Aço consegue aprender mais do que criança que estuda em rede municipal de outros municípios do Brasil”, enfatiza.
O segundo ponto, explica o coordenador do Observatório das Metropolizações, é que o MEC passa, a partir de agora, a estabelecer metas crescentes de alfabetização que devem ser atingidas por todos os municípios. A cada ano que passa, mais crianças deverão ser alfabetizadas até o fim do segundo ano do ensino fundamental. 

“Os quatro municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço estão de parabéns, estão acima da média brasileira, mas é preciso concentrar o esforço no sentido de cada vez mais melhorar, não se contentar com o resultado obtido, isso significa melhorar a infraestrutura das escolas, climatizar todas as salas de aula, colocar tecnologia nas salas de aula com lousa interativa, recursos pedagógicos, recursos didáticos, oferecer salário atrativo para os professores, não se contentar com o piso nacional do magistério”, alerta.

Detalhes na hora de ensinar
Um dos pontos importantes nesse processo, segundo William, é que nem toda criança aprende de maneira igual e precisa haver um esforço concentrado no sentido de, cada vez mais, entender como elas aprendem e adaptar o ensino para que todas saiam alfabetizadas. “Isso demanda investimento, mais uma vez entra na parte do orçamento. Isso demanda também formação continuada permanente por parte dos professores, em especial com esforço adicional no sentido da educação inclusiva, porque as escolas cada vez mais recebem alunos da educação especial, que é um campo de conhecimento dinâmico, com novidades frequentes. O ensino é muito importante, mas a aprendizagem é o grande foco do MEC, porque diferentemente do que acontecia antigamente, não adianta o professor ensinar e o aluno não aprender”, conclui William Passos.

Alfabetização 2024 - Até o 2º Ano do Ensino Fundamental


1º - Ipatinga: 70,92% (a meta era: 67,17%)
2º - Timóteo: 70,28% (a meta era: 59,91%)
3º - Santana do Paraíso: 69,95% (a meta era: 71,41%)
4º - Coronel Fabriciano: 64,10 (a meta era: 52,71%)

Fonte: Inep. Tabulação: William Passos
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Comentários

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Roberto

17 de julho, 2025 | 18:05

“Tenho dó desse ensino de hj , a 2°_ série da minha época sabia tábuada de multiplicação na ponta da língua, hj aluno do 4° tem dificuldade ?. Essas pesquisas será que são confiáveis? Pq para q tá no poder qto menos se sabe mais fácil passar pra trás . Brasil nunca será pais de 1° mundo. , do jeito que tá indo, tendência é piorar.”

Meritocrático

17 de julho, 2025 | 12:13

“Momento de reconhecer os educadores! Pessoas abnegadas. Não medem esforços para um resultado de excelência!
Parabéns professores! Parabéns comunidade escolar!
Importante lembrar que é um resultado do ano de 2024.
Vamos torcer para em 2025 esses resultados sejam superados.”

Gildázio Garcia Vitor

17 de julho, 2025 | 08:19

“Parabéns às minha colegas Professoras Alfabetizadoras das Escolas de Ipatinga, especialmente das E. M. Deolinda Tavares Lamego e Chirlene Cristina Pereira que, apesar de toda as dificuldades enfrentadas, como salas cheias e pouca participação das famílias no processo de ensino-aprendizagem, têm conquistado estes excelentes resultados. Enquanto isso, nem notícia do adiantamento da primeira parcela do 13°.
Para vocês, Professoras Alfabetizadoras, deixo, aqui, estes lindos versos dos Grandes Thiago de Mello e Fernando Pessoa:

"Na fogueira do que faço, por amor me queimo inteiro".

"Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena".”

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