
20 de julho, de 2025 | 06:00
Mais sufoco
Fernando Rocha
Depois de conseguir uma vitória dramática, na última quinta-feira, sobre o Bucaramanga, na Colômbia, pela Copa Sul-Americana, o Atlético volta a campo hoje, outra vez fora de casa, para enfrentar a forte equipe do Palmeiras.O técnico Cuca na entrevista após o último jogo evitou críticas à diretoria pela venda do meia/lateral Rubens, que vinha sendo uma peça fundamental na equipe carente de volantes com características defensivas.
A vitória sobre os colombianos teve todos os ingredientes de sofrimento, algo que uma parte da torcida alvinegra diz gostar: sufoco do adversário, defesas espetaculares do goleiro Everson, jogador expulso aos 8 minutos do segundo tempo e gol da vitória marcado por Hulk, de pênalti, na reta final da partida.
Para hoje, contra o Palmeiras, em São Paulo, a previsão é novamente de muito sofrimento para o torcedor alvinegro, mas o que importa mesmo é o resultado positivo no final.
Segue o líder
O Cruzeiro foi ao Rio de Janeiro, na última quinta-feira, e com autoridade venceu por 2 x 0 o badalado Fluminense de Renato Gaúcho, que vinha de uma surpreendente campanha ao chegar à semifinal do Mundial de Clubes.
Com esta vitória e os tropeços dos adversários, a Raposa assumiu a liderança isolada do Campeonato Brasileiro, com 30 pontos, três à frente do Flamengo, vice-líder, e do Bragantino, terceiro colocado, sendo que o rubro-negro carioca tem um jogo a menos.
Se, no Maracanã, o Cruzeiro passou por momentos de grande pressão e sufoco, hoje, contra o Juventude, 18º lugar e na zona de rebaixamento, a história tende a ser diferente.
Este Cruzeiro comandado pelo técnico Leonardo Jardim apresenta um desempenho digno dos maiores elogios, joga o feijão com arroz, muito eficaz, contando com a boa fase de alguns ótimos jogadores, como Matheus Pereira e Kaio Jorge, artilheiro do Brasileirão com 12 gols.
FIM DE PAPO
Na entrevista coletiva pós-jogo no Maracanã, o técnico Leonardo Jardim mostrou que também sabe ser vaselina” quando necessário. Fez questão de exaltar o Fluminense, pela campanha do time tricolor na Copa do Mundo de Clubes da Fifa, e parabenizou o técnico Renato Gaúcho. "Acho que representaram muito bem aquilo que é o futebol brasileiro, a qualidade. Também parabenizo o Renato, que mostrou que os treinadores brasileiros de primeira linha também podem trabalhar no estrangeiro porque têm muita qualidade", disse o português.
O Atlético fez um dos piores primeiros tempos que eu vi nesta temporada. Só não levou um ou mais gols porque o goleiro Everson teve uma atuação espetacular e fechou o gol. Contei sete defesas difíceis ou daquelas que costumamos chamar de milagrosas, isto só no primeiro tempo. Éverson, a meu juízo, está no top 5 dos goleiros que atuam no futebol brasileiro e já pode figurar também entre os cinco melhores que já vestiram a camisa do Galo. Apesar disso, ainda tem atleticano que critica o goleiro, que é chamado pejorativamente de bracinho” e outras coisas piores.
Não sei o que foi pior: essa venda do Rubens, 24 anos, pela bagatela de 9 milhões de euros - aproximadamente R$ 55 milhões, ou o rebaixamento do time sub-20 do Atlético. No último caso, pelo trabalho ruim executado na base do Galo, prevaleceu a lei de causa e efeito. Quanto à venda do Rubens, poderia ter sido evitada, caso os donos do clube fizessem o aporte financeiro necessário para sanar os atuais problemas que foram criados por eles mesmos. O dinheiro da venda de Rubens vai pagar algumas folhas salariais até o fim do ano, mas não resolve a situação do clube.
No dia 6 de abril deste ano, antecipamos a venda do meio campista/lateral nesta janela de transferências. Rubens chegou à base do Galo aos 14 anos de idade, vindo de sua cidade natal, São Geraldo de Tumiritinga, distante 70 km de Governador Valadares. Tenho alguns parentes naquela cidade que possui cerca de 6 mil habitantes apenas. A nota que encerrou a coluna no domingo, dia 6/4/25, foi esta: Gostando ou não, o torcedor atleticano terá até o meio do ano, quando será aberta a janela de transferências internacionais, para vê-lo vestindo a camisa do Galo. Pelo menos é o que dizem as candinhas em Tumiritinga, onde reside seus familiares. Lá, como em qualquer cidade pequena aqui dos nossos grotões, todos sabem da vida de todos, tudo se aumenta, mas ninguém inventa”. (Fecha o pano!)
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