
19 de julho, de 2025 | 15:00
Noivas denunciam empresa de decoração por estelionato no Vale do Aço
Divulgação/Imagem Ilustrativa
Após causar transtornos em duas noivas, a responsável pela empresa de decoração anunciou a falência do negócio
Duas mulheres procuraram a Polícia Militar esta semana para denunciar terem sido vítimas de estelionato após contratarem os serviços de uma empresa de decorações, supostamente administrada por uma mulher de 37 anos. Os casos foram registrados nos bairros Bela Vista e Bom Jardim, em Ipatinga.
A primeira ocorrência foi registrada na última quarta-feira (16), no bairro Bela Vista. A vítima, de 44 anos, relatou que contratou em janeiro deste ano os serviços de decoração para seu casamento, marcado para o dia 12 de julho (sábado passado). O contrato com a empresa incluía diversos itens para a cerimônia e recepção, com pagamento parcelado no valor total de R$ 5,3 mil.
Segundo a noiva, desde o início a contratada demonstrava desorganização, chegando atrasada à reunião final e pressionando por pagamentos adicionais e demonstrando má vontade com a cliente. A véspera do casamento foi marcada por dificuldades de comunicação e promessas não cumpridas. No dia do evento, parte da decoração não foi entregue e o material que chegou foi mal instalado ou incompleto.
A responsável pela empresa não compareceu ao local, e a montagem foi feita por terceiros sem supervisão adequada, gerando grande frustração e constrangimento para os noivos e convidados. Após o casamento, a noiva tentou, sem sucesso, contato com a mulher. Ao procurar o endereço indicado no contrato, no bairro Bom Retiro, descobriu que ela havia se mudado. A vítima também encontrou relatos de outras pessoas com experiências semelhantes nas mídias sociais e grupos de mensagens.
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Durante diligências da PM em diferentes endereços ligados à autora, foi constatado que ela havia cortado contato com familiares e alterado frequentemente de residência. O atual companheiro da responsável pela empresa de decoração chegou a negar que ela morasse com ele, no bairro Esperança, mas testemunhas confirmaram que ela ainda vivia no local e atendia clientes ali. Segundo informações, a autora utilizava contas bancárias de terceiros, incluindo a da filha e do namorado, para receber pagamentos.
Frustação
A vítima fez um relato dos percalços no dia do casamento: A cortina não foi afixada, apenas jogaram um pano em cima do freezer. O arranjo suspenso foi colocado pelos padrinhos que precisaram subir na mesa para tentar enfeitar, pois os serviços contratados não foram feitos. Por fim, já quase na hora do casamento, o pessoal do cerimonial orientou meu marido a ir embora se arrumar e se prontificaram a terminar o que a decoração não fez. Tomamos conhecimento de convidados chegando ao local do evento sem haver decoração pronta, além da sujeira deixada pelos restos da decoração”.
Outra vítima
A segunda ocorrência também foi registrada no dia 14, no bairro Bom Jardim. A vítima, de 22 anos, contou que contratou a mesma empresa em agosto de 2024, pagando R$ 4,5 mil pelos serviços de decoração de seu casamento. Recentemente, a responsável pela decoração deixou de responder às mensagens e desapareceu. Ao se dirigir ao endereço da empresa, a noiva descobriu que a autora já havia se mudado, o que reforçou sua suspeita de ter sido enganada.
A empresa está registrada, segundo apurações, em nome do ex-marido da empresária. Nenhum dos endereços vinculados ao CNPJ corresponde ao local real de atendimento da empresa, conforme buscas da Polícia Militar. As vítimas foram orientadas a reunir provas e registrar o ocorrido formalmente na Delegacia de Polícia Civil para investigação.
No perfil da empresa no Instagram, no fim da noite de quinta-feira (17), um comunicado informava o encerramento de suas atividades. O comunicado alega que a empresa enfrentou uma falência total e inesperada”. A responsável ainda ressaltou que jamais houve má-fé ou intenção de causar qualquer prejuízo”.
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