22 de julho, de 2025 | 09:00

No reino do Curkuzão

Nena de Castro *

Dia, amados! Tá tudo tão virado, tão esquesito, tão repleto de fake news de tanto non sense que eu tô mais é querendo o colim de mamãe pra não maluquecer! Pois no reino do Curkuzão, situado a leste do Butão, o rei do Bofe Amarelo resolveu mandar em todo mundo! 

Não importava o país, o negócio era subjugar a todos com acordos comerciais extorsivos, taxas pra cá de Bagdá, confisco de documentos e direitos e outros que tais, tudo embalado ao som de super-heróis, e não importava se a mula mancasse, o que Bofe Amarelo queria era rosetar! 

Bão, o rei tinha paixão por canarinhos e possuía uma coleção espantosa de canários e bombas atômicas! Entre os bichinhos o predileto era um maravilhoso trinca-ferro cujo canto deixava todo o palácio em vivo encanto. Bofe Amarelo gostava de passear com seu pássaro em um gaiola dourada pelo bosque ou matinha que ficava além de castelo. Um dia durante o passeio, sentiu uma forte dor de barriga; apertado, amarrou a gaiola do passarim no alto de uma árvore e entrou numa moita para se aliviar. 

Quando saiu, foi até o local, mas para sua decepção, achou somente a gaiola quebrada e neca do bichinho! No entanto, podia ouvir seu canto melodioso de tempos em tempos. Seguiu a trilha, andou, andou e avistou uma cobra enorme que rastejava pelo matagal. Era dela que vinha o som do trinca-ferro! Emboscou a cobra, matou-a e retirou com cuidado seu mascote, que cantou alegremente...  

À noite o trinca-ferro saiu da gaiola e transformou-se em Boitatá e atacou o rei Bofe Amarelo, tocando fogo no castelo. E o mundo respirou! Bão, foi feita uma despedida pro rei morto, com fogueira e o povo “bebendo e comendo” o defunto noitintirinha! Aparececeram uns outros reis que espiaram tudo e se mandaram causa de quê o trem num tava bão pra eles tombém não! Já não era o país do rei Bofe Amarelo e sim um outro, cheio de mistérios e cantos ancestrais, danças e gritos, Uyara e Sacis comandando a revolta de Palmares! Meus queridos cinco leitores, espero que tenham entendido. Ou não! 

Como eu disse, tá tudo tão estranho nesse insensato mundo que a Bugra que vos escreve, endoidou! E virou papagaio ou periquito que cruza os ares e canta perdidamente só, Macunaíma da Silva Brasileiro tentando manter a sanidade e dignidade, farta de alguns idiotas arrogantes que pensam estar jogando birosca com mísseis nucleares e outros artefatos de morte! Abaixo tudo quanto é Curkuzão! Sai, capetaaa, sai trem-ruim, queremos paz! 

E voltando ao mundo real, queremos deixar ao Sargento PM Vieira e Cabo Reginaldo um abraço pelo presteza do atendimento que nos deram outro dia quando necessitamos! E “la nave va” e seguimos por entre estrelas e sustos nesse mundão lindo e estranho! E nada mais digo...

* Escritora e contadora de histórias

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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

22 de julho, 2025 | 10:41

“Adorei a fábula! Parabéns! O "Reino do Curkuzão", de tão tão grandão, fica a leste e a oeste do Butão e ao norte do Peru. O "Rei do Bofe Amarelo", também alcunhado como Diabo Loiro, é amigo de faz de conta de lambe-botas, vira-latas e patriotas invertidos.”

Tião Aranha

22 de julho, 2025 | 09:49

“Bom texto. Anedota com personagens, tempo e espaço. Já estamos vivendo o tempo apocalíptico da besta. Loirao tá na área. Rs.”

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