
23 de julho, de 2025 | 19:47
Acusado de homicídio no Morada do Vale é condenado a 22 anos de prisão em Coronel Fabriciano; defesa vai recorrer
Diário do Aço
Réu foi levado a julgamento por homicidio praticado em 2024 e acabou sentenciado a mais de 20 anos de prisão

O julgamento de Claudinei Martins da Silva, de 43 anos, acusado de matar a tiros o técnico em refrigeração Igor Mateus Souza Pereira, de 27 anos, foi concluído na tarde desta quarta-feira (23), com a condenação do réu. O crime ocorreu em 14 de outubro de 2024, na avenida Atlântica, bairro Morada do Vale, em Coronel Fabriciano, conforme noticiado pelo Diário do Aço na época.
O Tribunal do Júri da Comarca considerou Claudinei culpado pela morte de Mateus e o condenou a 22 anos e 2 meses de prisão, com o reconhecimento de duas qualificadoras: motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A tese da defesa de homicídio privilegiado, que poderia diminuir a pena, foi rejeitada pelo júri.
O julgamento foi presidido pelo juiz André Melo da Silva. O Ministério Público foi representado pelo promotor Gustavo Vilaça, e a defesa contou com os advogados Teodorico Alves de Araújo Neto, Caio Ulhôa e José Constantino Filho.
O advogado de defesa Caio Barbosa Ulhôa comentou o desfecho logo após o término da sessão. Infelizmente, tivemos uma resposta aqui legítima, mas desfavorável. Claudinei foi condenado, com reconhecimento das duas qualificadoras”.
Ainda segundo Caio Ulhôa, o júri também rejeitou a tese da defesa que poderia beneficiar o réu com uma pena menor. Foi também afastada uma tese que a gente levantou, que foi o homicídio privilegiado, uma causa de redução de pena. Então, a acusação foi integralmente acolhida”, explicou.
Reprodução
O técnico em refrigeração, Igor Mateus Souza Pereira, de 27 anos, foi morto a tiros em via pública em outubro de 2024

Relembre o crime
De acordo com as investigações, Igor foi surpreendido por um homem que pilotava uma motocicleta Honda Bros e efetuou cinco disparos. A vítima caiu ao lado de um caminhão estacionado e morreu no local. A perícia apontou perfurações de tiros no braço esquerdo, tórax, peito e rosto. Cartuchos de munição calibre 9 mm foram recolhidos na cena.
A motivação do crime seria o ciúme de Claudinei, que desconfiava de um suposto envolvimento entre sua esposa e a vítima, o que foi negado pela mulher, que alegou que tudo se tratava de fofocas infundadas. Igor chegou a mudar-se de cidade devido a ameaças, mas havia retornado a Fabriciano três meses antes de ser assassinado.
Durante as diligências, a polícia apreendeu na casa do réu uma motocicleta semelhante à usada no crime, um carregador de pistola 9 mm municiado, aproximadamente 200 cartuchos deflagrados do mesmo calibre e dez cartuchos intactos de calibre .38. Claudinei tinha, na época, duas armas registradas em seu nome.
Ao fim da sentença, o juiz fixou a pena em 22 anos de reclusão. O advogado Caio Ulhôa criticou o que considerou um rigor excessivo. O magistrado, presidente do Tribunal do Júri, ao fixar a pena, aumentou bastante. A defesa considera que ele foi muito severo, muito rigoroso na fixação da pena”.
Por fim, a defesa informou que irá recorrer da condenação. A defesa vai recorrer, porque sinceramente acredita que há respaldo até mesmo para anular essa decisão. E, ainda que não seja acolhida a tese de anulação, a gente entende que a quantidade de pena fixada foi injusta. Acreditamos que conseguimos, sim, reduzir a pena”, concluiu o advogado.
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Cidadão
24 de julho, 2025 | 08:59Parabéns ao Juiz do caso. Que com seriedade, julgou um crime de morte.
Determinando pena exemplar ao criminoso e deixando claro para a sociedade que o crime não compensa.
Proporcionando um alívio aos familliares da vítima.”
Aníbal
23 de julho, 2025 | 23:09Se não tivesse caroço nesse angu, não teria mudado de cidade.”
Observer
23 de julho, 2025 | 22:08Por tudo isso, nao valeu a pena matar.”