09 de agosto, de 2025 | 09:41

Extradição de timoteense acusada de matar cinco filhos dependerá de Portugal

Reprodução
Gisele Oliveira, 40 anos, era do bairro Ana Moura em Timóteo Gisele Oliveira, 40 anos, era do bairro Ana Moura em Timóteo
A timoteense Gisele Oliveira, de 40 anos, presa preventivamente em Portugal esta semana, acusada de matar cinco filhos com idades entre 10 meses e três anos de vida, e de tentar matar um sexto filho e o marido, enfrentará os trâmites legais para a extradição. Embora haja um acordo de reciprocidade entre os dois países, a decisão final da extradição cabe a Portugal. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Civil em Timóteo, conforme noticiado pelo Diário do Aço esta semana.

O procedimento prevê que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais acione o Ministério da Justiça para iniciar o procedimento, que pode se arrastar por meses.

As investigações apontam que Gisele Oliveira, então residente no bairro Ana Moura, em Timóteo, intoxicou e levou à morte cinco filhos, com idades entre 10 meses e 3 anos, utilizando venenos e sedativos, dentre eles o Fenobarbital e, dopadas, as crianças morreram asfixiadas.

A investigação policial avançou somente em 2023, quando uma tia, diante da quinta morte de criança, fez um alerta e chamou a atenção de autoridades hospitalares, que acionaram a polícia. A investigação sobre os casos também mostrou que a mulher tentou matar o filho mais velho, em 2008. Hoje esse filho tem 18 anos.

O jovem prestou depoimento na Delegacia de Timóteo nesta sexta-feira. O teor do depoimento não foi revelado, para não atrapalhar o andamento da investigação. Segundo a Polícia Civil, Gisele também tentou contra a vida do marido, em 2022, quando chegou a ser envenenado, mas sobreviveu.

Fuga
A mulher fugiu de Timóteo quando, em 2023, começaram as investigações. Ela mudou-se para Coimbra (Portugal) em abril de 2025. Em julho, entrou na lista de procurados da Interpol e foi presa terça-feira (5/8).
Ouvida no Tribunal da Relação de Coimbra no dia 6, teve decretada a prisão preventiva. Caso seja extraditada e condenada no Brasil, Gisele poderá cumprir até 154 anos de prisão por cinco homicídios e duas tentativas. Se o pedido for negado, será julgada pela Justiça portuguesa. O filho que permanece em Coimbra está sob tutela da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Portugal.

Marido acredita na inocência

Gisele vivia em uma pequena casa, onde se juntou ao companheiro, que trabalha na construção civil, e a um sexto filho, de 12 anos, que teve em comum com este homem.

Ele é pai de três das crianças cujas mortes são investigadas no âmbito do inquérito em tramitação na Delegacia de Polícia Civil em Timóteo. Ouvido pelo Jornal Correio da Manhã em Portugal, o operário afirmou que está certo da inocência de Gisele Oliveira.


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Comentários

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Gomes

09 de agosto, 2025 | 14:33

“Deixa está filha de Belial lá gente, em Portugal tem leis.”

Ju

09 de agosto, 2025 | 12:55

“Para dar um puxaõzinho de orelhas, é melhor ficar por lá mesmo. Vai ter um custo alto para os contribuintes e não vai dar em nada.”

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