14 de agosto, de 2025 | 09:17
Júri Popular define hoje se homem é culpado ou inocente da morte de mulher no Vila Celeste em Ipatinga
Reprodução
Alef Teixeira de Souza é culpado ou inocente da morte de Rafaella Cristina Miranda Sales? A resposta será dada pelo Tribunal do Júri Popular nesta quarta-feira

Está agendada para esta quinta-feira (14), a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga que definirá se o réu Alef Teixeira de Souza, de 32 anos, é culpado ou inocente da morte de Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos à época do crime, praticado em 28 de abril de 2023, no bairro Vila Celeste, conforme noticiado pelo jornal Diário do Aço.
O réu responde por homicídio com duas qualificadoras, dentre elas, o feminicídio. O Ministério Público de Minas Gerais será representado na sessão do Tribunal do Júri pelo Promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro.
O acusado foi preso na Colômbia em 15 de agosto de 2023 e encontra-se encarcerado desde então, em razão de prisão preventiva decretada pela Justiça. Alef foi extraditado para o Brasil em 6 de fevereiro de 2025, data em que foi admitido no sistema prisional mineiro.
Depois do crime em Ipatinga no mês de abril de 2023, Alef saiu do Brasil e seu nome foi incluído na lista dos procurados pela Interpol. Foi preso inicialmente na Costa Rica, mas como o país não tem tratado de extradição com o Brasil, Alef foi liberado e embarcou para a Colômbia. Foi novamente preso pela Interpol ao desembarcar na capital, Bogotá.
O que diz a acusação
O delegado de Polícia Civil, Marcelo Marino, coordenou a equipe que investigou o caso. Em entrevista no mês de maio de 2023, o delegado afirmou que Alef Teixeira Souza tem o perfil de um assassino que tem prazer em dominar e espancar mulheres. Segundo o delegado, Rafaella Cristina nunca havia usado drogas até se envolver com ele. A vida regular com duas filhas pequenas mudou drasticamente na convivência com Alef, em Ipatinga. Ele próprio disse à mãe da vítima que injetava cocaína nela. As agressões, conforme apurado, também eram constantes”, detalhou o delegado. A entrevista completa 👉 pode ser assistida aqui.A denúncia oferecida pelo Ministério Público afirma que Alef que mantinha relacionamento amoroso com a vítima e teria, de forma livre e consciente, praticado homicídio qualificado com emprego de asfixia e tortura, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar.
Ainda segundo a acusação, Alef submetia Rafaella a frequentes agressões físicas e ministrava nela, de forma reiterada, doses de cocaína injetável, aumentando progressivamente a quantidade da droga até causar uma overdose fatal. Os laudos e depoimentos colhidos indicam que a vítima apresentava múltiplas lesões e hematomas, além de marcas de injeção nos braços”, afirma a denúncia.
O crime, segundo o Ministério Público, foi cometido com extrema violência e crueldade, causando intenso sofrimento físico e mental à vítima. Após a morte, Alef teria se apossado das redes sociais e do celular de Rafaella, utilizando-os para enviar mensagens falsas a familiares, numa tentativa de disfarçar o crime e controlar a narrativa dos fatos.
O processo tramita perante a Vara de Execuções Penais, de Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga. Caso condenado, o réu está sujeito a pena de 12 a 30 anos de reclusão, apenas pelo crime de homicídio qualificado, considerando-se ainda a aplicação da Lei Maria da Penha e a natureza hedionda do delito.
Antecedente em São Paulo
Segundo a denúncia, no caso em São Paulo, Alef e a vítima mantinham um relacionamento amoroso havia cerca de dois meses, e a motivação para a tentativa teria sido uma foto publicada por ela em um perfil numa mídia social.
Na ocasião, Alef desferiu diversos golpes de faca contra a mulher, que conseguiu escapar do agressor, fugir da residência e pedir socorro. Depois de responder pelo crime em Ipatinga, o réu será julgado pelo outro crime perante a Justiça do Estado de São Paulo.
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