20 de agosto, de 2025 | 17:56

''Golpe do Amor'' dá prejuízo de R$ 2 mil a mulher de 45 anos em Ipatinga

Arquivo DA
Estelionatário levou R$ 2 mil da vítima e queria mais R$ 5 mil Estelionatário levou R$ 2 mil da vítima e queria mais R$ 5 mil
Uma moradora do bairro Veneza, em Ipatinga, procurou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência após cair no “golpe do amor”. A vítima transferiu um dinheiro com o objetivo de quitar os custos para, supostamente, receber produtos enviados pelo golpista, caso descoberto nesta quarta-feira (20).

A vítima de 45 anos relatou que vinha mantendo contato com um homem que se apresentava como David Luwis. Durante as conversas, o golpista afirmou que enviaria presentes a ela por meio de uma suposta empresa de transporte.

Pouco tempo depois, a mulher recebeu a informação de que, para liberar a encomenda internacional, seria necessário pagar uma taxa de R$ 2 mil. Para isso, ela chegou a fazer um empréstimo bancário e efetuou o depósito.

Em seguida, marginais que se passaram por representantes da empresa entraram em contato novamente exigindo o pagamento de mais R$ 5 mil, alegando que os presentes enviados continham objetos ilegais e que, caso não efetuasse a quantia, a polícia seria acionada para prendê-la.

Assustada com a ameaça, a vítima procurou seu patrão, que imediatamente a alertou de que se tratava de um golpe e a orientou a procurar a polícia. A mulher então registrou a ocorrência junto à Polícia Militar. O caso será encaminhado à Polícia Civil para investigação.

Outro “golpe do amor”
Esse é o segundo golpe desta natureza, na região. Conforme noticiado pelo Dário do Aço, no mês de julho, uma moradora do bairro Ana Rita, em Timóteo, também foi vítima do “Golpe do Amor” que lhe causou um prejuízo de R$ 72 mil. A vítima, de 60 anos, conheceu pelo Facebook, um homem que se apresentava como Dr. Albert Barry, suposto médico ortopedista britânico, que atuava como chefe de missão humanitária na guerra no Iêmen. No fim do golpe, o sonho de um romance levou o dinheiro da vítima.
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Comentários

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Verdade

20 de agosto, 2025 | 20:17

“Se tivesse firme na igreja não tinha acontecido isso.”

Luiz Silva Almeida

20 de agosto, 2025 | 19:55

“Vou te contar viu.cada uma cruz credo o que tem de gente caindo em golpe do amor e outros golpes não tá no gibi.nossa senhora o que tem de gente inocente que cai ainda nesses golpes.”

Alexandre Ferreira

20 de agosto, 2025 | 19:37

“a solidão e a busca incessante por conexão e afeto. Na era digital, as interações se tornaram mais superficiais, e muitas pessoas, independentemente da idade, sentem-se isoladas. Isso cria uma vulnerabilidade enorme. A mulher de 45 anos, assim como outras vítimas, pode estar em um momento da vida em que a pressão social por um relacionamento é alta, ou simplesmente sente a falta de um companheiro, de alguém para compartilhar a vida. Essa carência emocional não é uma fraqueza, mas uma necessidade humana fundamental.
A carência, principalmente a das mulheres, é muitas vezes alimentada por expectativas sociais. Elas são ensinadas, desde cedo, que a felicidade completa está ligada à vida a dois. Aos 45 anos, essa mulher pode ter enfrentado decepções amorosas, divórcio ou simplesmente a falta de oportunidade para construir um relacionamento. É nesse vácuo que o golpista atua. Ele não inventa a carência, ele a explora, usando-a como uma porta de entrada para a manipulação.
O golpista do amor não é um amador; ele é um predador emocional. Ele estuda o perfil da vítima, identifica suas fragilidades e as usa contra ela. A estratégia é sempre a mesma: O golpista se apresenta como o parceiro perfeito: bem-sucedido, romântico, atencioso e, muitas vezes, em uma situação de vida "complexa" que exige a "ajuda" da vítima, e nisso a vítima é inundada com elogios, declarações de amor intensas e a promessa de um futuro juntos. Essa fase cria uma dependência emocional muito rápida, depois de ganhar a confiança da vítima, ele inventa uma situação de emergência (doença de um parente, problema financeiro, despesa de viagem) e pede dinheiro. As quantias começam pequenas e vão aumentando.
É crucial entender que o golpe não se baseia na ingenuidade da vítima, mas na sua vulnerabilidade emocional. O marginal se aproveita da necessidade humana de pertencer e de ser amado. Ele não ataca a razão da vítima, mas sim o seu coração, que anseia por uma conexão genuína, em resumo, a queda da mulher no golpe do amor é um trágico reflexo de como a solidão e as expectativas sociais por um relacionamento podem ser usadas por criminosos. O problema não está na "ingenuidade" da vítima, mas na crueldade de quem se aproveita da sua humanidade.”

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