03 de setembro, de 2025 | 14:38

Célio, o primeiro ipatinguense a brilhar no futebol profissional

Waldecy Castro
Célio fez sucesso na Desportiva, Palmeiras e no futebol boliviano Célio fez sucesso na Desportiva, Palmeiras e no futebol boliviano
No final da década de 1970, um talentoso meia canhoto revelado nas equipes de base do Ipaminas Esporte Clube encarou o desafio de seguir para Vitória/ES tentar a sorte no futebol profissional num dos clubes em evidência no futebol daquele estado e disputando competições em nível nacional. Estava se revelando ali Célio Alves Rodrigues, ou simplesmente Célio, que foi aprovado nos testes da Desportiva Ferroviária, se consolidou como o primeiro grande jogador profissional de Ipatinga revelado e a se destacar nos cenários nacional e internacional.

Aos 67 anos, o ex-jogador eventualmente vem a Ipatinga rever familiares – a mãe, faleceu recentemente -, pois mora na Bolívia desde meados da década de 1980, onde, inclusive, tem a cidadania.

Carreira longeva e de destaque
Na Desportiva Ferroviária, que disputava a elite do Campeonato Brasileiro à época, tornou-se titular entre 1977 e 1980, atuando em 51 partidas. Seu futebol logo chamou a atenção do Palmeiras, para onde se transferiu no final de 1980, tendo atuado mais de 100 partidas com a camisa do Verdão. Lá, formou um dos destacados meios de campo da equipe, ao lado de Vitor Hugo e do boliviano Aragonés.

Depois de ser emprestado ao São José em 1983 e ao Paulista de Jundiaí, em 1984, surgiu uma proposta do futebol boliviano, do Oriente Petrolero.

“Como o Brasil passava por uma crise econômica muito grande, com inflação lá nas alturas, com futuro incerto e eu receberia lá na Bolívia em dólar, não pensei duas vezes, aceitei e o Palmeiras me vendeu ao Oriente Petrolero”, pontua Célio.

Neste clube, foram 248 jogos, 69 gols, muito destaque, títulos em diversos campeonatos nacionais, além de várias disputas de Copa Libertadores da América. Deixou o Oriente Petrolero em 1992, atuando no Blooming; depois, no Real Santa Cruz; Independente Petrolero, San José, encerrando a carreira no modesto Mariscal, já aos 43 anos.

Cidadão boliviano, Célio dificilmente retornará para residir em Ipatinga, pois em Santa Cruz de la Sierra constituiu família e adquiriu patrimônio. É atualmente um privilegiado aposentado, atuando algumas vezes como comentarista, olheiro de algumas agremiações.

Seu sucesso no profissionalismo inspirou vários outros jogadores que surgiram no futebol ipatinguense nos anos e décadas seguintes, motivo de orgulho para ele. O sonho e sua coragem de deixar a cidade ainda jovem e vencer numa carreira extremamente difícil, serviram de exemplo.
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Comentários

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Marcelão Alves

03 de setembro, 2025 | 16:22

“QUANDO EU CHEGUEI EM IPATINGA NO INICIO DOS ANOS 80 CELIO JA ESTAVA NO PALMEIRAS. MAS DEU PARA ACOMPANHAR SUA CARREIRA POIS ATRAVES DO FUTEBOL ACABEI FAZENDO AMIZADE COM SEU IRMAO GERSON, TAMBEM MEIA ESQUERDA. EPOCA BOA.”

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