16 de setembro, de 2025 | 06:00
Empate justo
Fernando Rocha
O primeiro tempo foi terrível, talvez o pior já visto do time mineiro na atual temporada. Não teve construção na saída da defesa, sem criatividade no meio de campo, sem combatividade, e o ataque inoperante.
Na segunda etapa, apesar de ter um jogador a mais desde os 9 minutos, devido à expulsão do zagueiro santista Zé Ivaldo, o Galo não conseguiu se impor a ponto de encurralar a equipe paulista em busca da vitória.
Aos 41 minutos, Lyanco pecou pelo excesso de confiança e cometeu pênalti em Tiquinho, que ele mesmo cobrou e empatou.
Somente nos instantes finais dos acréscimos de 16 minutos, dados pelo árbitro Bruno Arleu, em razão da grave contusão do goleiro do Santos, Gabriel Brazão, o Atlético foi o que se espera dele, sob o comando de Sampaoli.
Corda esticada
São treze dias desde a chegada de Jorge Sampaoli ao Atlético, e por isso não se pode cobrar do técnico um time forte e competitivo, diferente do que vinha mostrando sob o comando de Cuca.
A torcida criou uma expectativa, até agora não concretizada, de ver neste curto período uma mudança drástica de postura e de comportamento tático da equipe, algo que pode demorar mais do que o previsto, considerando a má fase técnica de vários titulares importantes.
Por outro lado, a corda está ficando cada vez mais esticada no Campeonato Brasileiro, pois as equipes que ocupam há mais tempo a parte baixa da tabela estão reagindo.
Hoje, a distância do Galo para o Vitória-BA, 17º colocado e primeiro time na zona da degola, diminuiu para apenas três pontos.
FIM DE PAPO
Em meio a toda essa instabilidade do time e das cobranças cada vez maiores da torcida, o eleito vilão da vez é o CEO de futebol, Paulo Bracks, que ganhou uma faixa com dizeres pedindo a sua saída do clube. Bracks tem uma fala bem articulada, cursos de formação voltados para a administração esportiva, inclusive na Fifa, mas não conseguiu ainda sucesso nos clubes por onde passou, como Internacional, Santos e Vasco da Gama. Agora é virar a chave e pensar na Copa Sul-Americana, onde vai enfrentar amanhã o Bolívar, em jogo de ida das quartas de final.
Além do time boliviano, que está invicto há oito jogos, um grande adversário do Galo será a altitude de 3.650 metros, em La Paz, local da partida. O Bolívar, que agora pertence ao Grupo City da Inglaterra, tem uma boa equipe e muita tradição em seu país. Trata-se do clube mais vencedor da liga boliviana, com o recorde de 31 títulos. Em nível internacional, suas melhores campanhas foram uma semifinal na Copa Libertadores de 2014 e um vice-campeonato na Copa Sul-Americana de 2004. Nas atuais circunstâncias, o importante para o alvinegro é voltar vivo da Bolívia, com ao menos um empate ou uma derrota por placar mínimo, a fim de decidir com mais tranquilidade a sua classificação, em casa, na próxima semana.
O time feminino do Cruzeiro, as “Cabulosas”, sagrou-se vice-campeão brasileiro da categoria no último domingo, tornando-se a primeira equipe fora do eixo Rio/SP a conseguir chegar numa final do mais importante torneio nacional. Após empatar com o Corinthians em 2 x 2, no Independência lotado de cruzeirenses, perdeu a final pelo placar de 1 x 0, com 40 mil torcedores incentivando a equipe adversária. O dono da SAF celeste, Pedro Lourenço, deu declarações elogiando o trabalho desenvolvido pelo futebol feminino do clube e promete investir mais do que os atuais R$ 15 milhões em 2026.
A sociedade brasileira ficou doente após essa divisão política, onde um lado não respeita a opinião do outro. Vimos absurdos, como comemorações pela morte de influenciador de direita americano. Mas, o que mais me impressionou no último fim de semana foi a agressão verbal, com assédio sexual, a uma menina de 13 anos, filha do goleiro Everson, do Atlético, por pseudo-torcedores, na Arena MRV. As pessoas perderam a noção de respeito que se deve manter em relação ao próximo, seja ele quem for. Tomara que esses idiotas, ignorantes, marginais, autores dessa agressão, sejam identificados e tenham pelo menos as suas identidades expostas, já que a lei é branda para este tipo de crime. (Fecha o pano!)
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