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25 de setembro, de 2025 | 08:45

Marliéria recebe recurso para reforma da Ponte Queimada

Arquivo DA
No mês de junho, a passagem foi novamente alvo de criminosos e brigadistas tiveram de ser mobilizados para apagar as chamasNo mês de junho, a passagem foi novamente alvo de criminosos e brigadistas tiveram de ser mobilizados para apagar as chamas

A Ponte Queimada sobre o Rio Doce, entre os municípios de Marliéria e Pingo-d’Água, deverá ser reformada em breve e, para possibilitar a intervenção, um recurso foi destinado para o serviço. Conforme apurado pelo Diário do Aço junto ao poder Executivo de Marliéria, na última terça-feira (23) o Ministério da Agricultura depositou o valor de R$ 1.066.774,03, proveniente de emenda parlamentar.

A ordem de serviço será assinada no dia 1º de outubro e a empresa vencedora terá até 30 dias para mobilizar o canteiro de obras, conforme a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marliéria. O prefeito Hamilton Lima (Republicanos) destacou que o projeto foi pensado para respeitar a originalidade da ponte, preservando sua identidade histórica. “A obra vai manter o modelo original, com dormentes e madeira tratada. Antes, a ponte contava apenas com o forro, o tabuleiro e o guarda-rodas. Agora, o projeto adiciona um corrimão de aço, garantindo mais segurança para todos que trafegam por ali”, afirmou.

A Ponte Queimada é fundamental para a mobilidade e o desenvolvimento regional. Com 136 metros de extensão, ela era utilizada diariamente por moradores de Marliéria, Pingo-d’Água, Córrego Novo, Bom Jesus do Galho, Raul Soares e até Caratinga. Com a revitalização, pequenos e grandes produtores poderão transportar seus produtos em um percurso mais curto, reduzindo custos e tempo.

Além disso, a obra também dinamiza o turismo na região, em especial ao Parque Estadual do Rio Doce, e atende aos amantes do esporte, já que ciclistas, cavaleiros e motociclistas que utilizam a região para atividades esportivas terão mais segurança e conforto, fortalecendo o turismo local e regional.

Empresa
No mês de julho, a administração municipal de Marliéria publicou, em seu Diário Oficial Eletrônico, o vencedor do certame que irá executar a obra de reforma: a MDP Construção Civil LTDA – EPP.

O Processo Licitatório 10/25 - Concorrência Eletrônica 01/25, tem como objeto a manutenção da Ponte Queimada; prevê-se a substituição do tabuleiro de madeira (assoalho, rodeiros e guarda-rodas), que foi comprometido pelo incêndio, e a instalação de guarda-corpo, é importante ressaltar que não haverá atividades com relevante impacto para a unidade de conservação ou para o curso d’água.

Vandalismo
Conforme já divulgado pelo Diário do Aço, o mais recente ataque de criminosos à ponte ocorreu no dia 11 de junho. Brigadistas tiveram de ser mobilizados para apagar as chamas, pois o fogo poderia saltar dos dormentes de madeira, que formam seu tabuleiro, para a vegetação do Parque Estadual do Rio Doce.

A ponte está interditada desde agosto de 2023, quando um primeiro incêndio impediu a passagem de veículos sobre o tablado já comprometido com a ação do tempo e uso diário, conforme noticiado à época pelo Diário do Aço.

MPMG aponta restrições

Dias depois, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu duas recomendações visando à proteção do Perd com a restauração da Ponte Queimada, que cruza o rio Doce em um dos limites do parque. Somam-se ao MPMG, a manifestação de ambientalistas, que têm se manifestado contrários à reabertura da ponte.

As recomendações expedidas pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Timóteo, em atuação conjunta com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça da Bacia do Rio Doce, visam evitar impactos negativos na biodiversidade do Perd, diante da intenção de reforma da ponte e dos riscos associados a uma possível reabertura da Estrada do Salão Dourado, localizada no interior do parque.

Segundo o MPMG, a livre circulação de veículos e pessoas em estradas que cortam unidades de conservação apresenta graves riscos ao meio ambiente, como o atropelamento de fauna, o aumento da chance de incêndios florestais e a facilitação da caça e da pesca predatórias. O primeiro documento foi dirigido ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão gestor da unidade de conservação. A segunda recomendação foi expedida ao município de Marliéria, responsável pelas obras.

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