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30 de setembro, de 2025 | 08:30

Ipatinga e Timóteo têm arborização acima da média brasileira, aponta geógrafo

Divulgação
Em Ipatinga, 78% dos moradores se beneficiam da presença de algum nível de arborização nas proximidades do domicílioEm Ipatinga, 78% dos moradores se beneficiam da presença de algum nível de arborização nas proximidades do domicílio

Por Bruna Lage - Repórter Diário do Aço

As cidades de Ipatinga e Timóteo têm arborização no entorno acima da média brasileira. Os dados são do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram tabulados pelo geógrafo e coordenador do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, William Passos. No país, cerca de 67% dos domicílios têm algum nível de arborização próximo à residência, já em Ipatinga, esse número é de 78% e em Timóteo de 75%.

William explica que as árvores não precisam estar necessariamente em frente à casa, mas nas proximidades. Ele acrescenta que no caso da população de Coronel Fabriciano, 56% dos residentes moram em domicílios com algum nível de arborização nas proximidades, enquanto em Santana do Paraíso esse percentual cai para 53%.

No caso de Paraíso, isso fica mais evidenciado pelo fato de o município fazer limite com Ipatinga. “Então, são dois municípios com um nível de arborização muito diferente, à medida que adentra em Santana do Paraíso, o nível de arborização diminui drasticamente. A presença de arborização é muito importante por razões ambientais e de qualidade de vida, ameniza também temperatura, questão climática, aumenta o nível de umidade, embeleza a paisagem urbana, e em função de todos esses fatores é o que é recomendável por parte do IBGE. De acordo com o Instituto, quanto mais árvores existem no entorno dos domicílios, melhor é a qualidade de vida da população”, pontua.

Mitigação
O geógrafo destaca a necessidade de incentivar o plantio de árvores nas vias urbanas, nas proximidades dos domicílios. No caso de Ipatinga e de Timóteo, esse percentual acima da média também está interligado ao fato de os dois municípios terem características industriais e haver, por isso, uma obrigatoriedade por parte de suas indústrias como medida compensatória de impacto ambiental em realizarem o plantio de árvores.

“Existe essa exigência de um aumento considerável do plantio de árvores em relação àquilo que, dentro dos projetos paisagísticos, urbanísticos, costuma acontecer. Isso explica também por que são municípios com nível de arborização muito maior do que os de Fabriciano e de Paraíso”, acrescenta.

Abaixo da média
No entanto, o geógrafo chama atenção para o fato de o nível de arborização de Paraíso (53%) e de Fabriciano (56%) estar muito abaixo da média brasileira. “O que faz com que nós coloquemos isso como sugestão, no sentido de se refletir, de se executar projetos urbanísticos, paisagísticos, que ampliem a quantidade de árvores entorno dos municípios. Projetos de educação ambiental que incentivem o plantio de novas árvores. Quando reformas acontecerem nos bairros, é muito importante que o projeto dessas contemple não apenas a melhoria das vias, da iluminação, como habitualmente se costuma fazer, também no sistema de drenagem, esgotamento sanitário, tudo isso é muito importante. Mas é necessário incluir a questão da arborização”, conclui.
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