30 de setembro, de 2025 | 21:42
Ipatinguense é assassinado em apartamento em Juiz de Fora em briga com dependente químico
Reprodução TV Integração
Ozeas Rodrigues Gandra, 58 anos, era um cabeleireiro muito querido no Centro de Juiz de Fora

O cabeleireiro Ozeas Rodrigues Gandra, 58 anos, natural de Ipatinga, foi assassinado em um desentendimento com um dependente químico de crack nesta terça-feira (30), em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Embora tenha nascido em Ipatinga, a família do cabeleireiro é de Coronel Fabriciano e, segundo conhecidos, um irmão saiu do Vale do Aço em direção a Juiz de Fora para a liberação do corpo. Ozeas também atuou como cabeleireiro, por alguns anos, em Timóteo.
O caso foi descoberto quando a Polícia Militar foi acionada por volta das 7h30, com a informação de que em um apartamento localizado em uma galeria, no Centro de Juiz de Fora, estaria ocorrendo uma agressão entre dois homens.
Ao chegar ao apartamento 201 do prédio residencial, onde vizinhos tinham escutado uma briga e barulho de agressão, uma pessoa respondeu que estava presa no apartamento e que o proprietário, Ozeas Rodrigues, teria trancado a porta e escondido as chaves.
Indagado sobre a ocorrência de uma suposta briga dentro do apartamento, o homem do outro lado afirmou que havia realmente ocorrido um desentendimento e que o dono do apartamento, Ozeas, estaria morto.
Ainda do lado de dentro, o indivíduo, que posteriormente a PM identificou como sendo Reginaldo Douglas Marchini de Figueiredo, de 45 anos, alegou aos policiais militares que realmente estava trancado e que antes de morrer Ozeas tinha escondido as chaves.
Com a constatação, os policiais decidiram arrombar a porta do apartamento. Reginaldo foi encontrado deitado ao solo, com as mãos na nuca.
O corpo de Ozeas foi localizado em outro quarto. Sobre o crime, Reginaldo afirmou que durante a madrugada, na companhia da vítima, fez uso de crack e que por algumas vezes saiu do apartamento para buscar mais droga.
Desentendimento e briga
Alega o autor confesso do crime que, em uma das vezes em que retornou trazendo mais entorpecente, a vítima manifestou interesse em manter uma relação. Reginaldo alega que negou e quis ir embora, mas foi impedido.
O autor alegou que a motivação foi que eles estavam usando drogas na madrugada, saíram algumas vezes para buscar crack e voltar. Em uma dessas voltas, a vítima pediu para ter relações sexuais com o autor, que se negou. O apartamento estava trancado e ele não queria dar a chave para ele sair, momento em que eles entraram em luta corporal e ocorreu o homicídio”, explicou o sargento PM André Cordeiro em entrevista à imprensa local.
Os dois homens discutiram e, segundo Reginaldo, entraram em luta corporal. Em determinado momento, ele enforcou a vítima. Com esse depoimento, Reginaldo recebeu voz de prisão em flagrante. A perícia da Polícia Civil foi acionada e colheu dados técnicos na cena do crime. O corpo foi removido para o posto de Medicina Legal, e o autor confesso do homicídio foi levado para a Delegacia de Polícia Civil, passando a responder por homicídio. Outros detalhes do caso serão apurados no inquérito da PC.
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