08 de outubro, de 2025 | 18:17

Foragido da Justiça de Ipatinga, acusado de crime hediondo é preso no estado do Maranhão

Reprodução de vídeo
Policiais do Maranhão, em cooperação com o Gaeco de Ipatinga prenderam foragido da Justiça da Comarca de Ipatinga Policiais do Maranhão, em cooperação com o Gaeco de Ipatinga prenderam foragido da Justiça da Comarca de Ipatinga

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Ipatinga, em ação conjunta com a Agência Local de Inteligência do 33º Batalhão da Polícia Militar em Colinas, no estado do Maranhão, prendeu esta semana João Vitor Gomes Rodrigues, de 29 anos, que estava foragido de Ipatinga.

“Na data de 7/10, por meio de uma ação integrada e estratégica de inteligência conduzida pelo Gaeco de Ipatinga, em conjunto com as Polícias Civil e Militar de Colinas (MA), foi possível localizar e prender o foragido. As informações levantadas indicaram que o foragido residia no interior do Maranhão, a aproximadamente 2.000 quilômetros de Ipatinga, onde ocorreu o crime que motivou o mandado de prisão”, confirma nota divulgada pelo Gaeco.

Preso em Colinas, o indivíduo será encaminhado às autoridades maranhenses para ser recambiado para a Justiça de Minas Gerais.

Denunciado por crime hediondo

Contra João Vitor havia um mandado de prisão expedido pela Justiça em razão de seu envolvimento com o assassinato de um menor de idade ocorrido em 2 de abril de 2022, em Ipatinga. Trata-se do brutal assassinato de Mateus Stoler Nantes, de 16 anos, cujo corpo foi encontrado enterrado em cova rasa, em meio a uma plantação de eucaliptos, à margem da estrada do córrego Garrafinha, entre Santana do Paraíso e o distrito de Bom Jesus do Bagre, em Belo Oriente, conforme noticiado na época pelo Diário do Aço.

Por causa desse crime, em maio de 2023 a 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, na época integrada pelo promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, denunciou à Justiça da Comarca de Ipatinga cinco integrantes de uma organização criminosa e, dentre eles, estava João Vitor, natural do Maranhão e que naquela ocasião residia no bairro Canaã.
Reprodução
Mateus Stoler Nantes tinha 16 anos, quando foi julgado pelo Tribunal do Crime, executado com sete tiros e teve o corpo enterrado no meio do mato em Santana do Paraíso Mateus Stoler Nantes tinha 16 anos, quando foi julgado pelo Tribunal do Crime, executado com sete tiros e teve o corpo enterrado no meio do mato em Santana do Paraíso

Sentenciado à morte pelo tribunal do crime

Consta no processo que tanto a vítima quanto os cinco denunciados (todos com idade entre 24 e 27 anos) integravam a organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e crimes contra a vida. O jovem morreu porque, desrespeitado o código de conduta do grupo, permitiu que policiais militares acessassem seu telefone celular e apontou o local onde estavam drogas escondidas.

Mateus Stoler foi atraído para uma armadilha por uma jovem acionada pelo bando, que o chamou para um encontro amoroso no Morro do Cruzeiro. Ao chegar ao local, o jovem foi alvo de uma emboscada, amarrado pelos pés e mãos, colocado no porta-malas de um carro e levado para uma estrada rural em Santana do Paraíso, onde foi executado com sete disparos de arma de fogo depois de ser julgado pelo "Tribunal do Crime" e sentenciado à pena de morte. O corpo foi enterrado em terra rasa, onde foi encontrado cerca de três dias depois.

Os cinco envolvidos foram denunciados por homicídio com quatro qualificadoras, organização criminosa hedionda e ocultação de cadáver. Todos os outros já foram levados a Júri Popular. Faltava o quinto denunciado, que fugiu antes de ser preso na época da apuração do crime.
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