21 de outubro, de 2025 | 11:59

Hospital Márcio Cunha amplia capacidade e dobra número de salas cirúrgicas

Novo bloco cirúrgico da unidade II, no bairro Bom Retiro, em Ipatinga, foi inaugurada nesta terça-feira

Matheus Valadare
Além das salas cirúrgicas, também foram ampliados os leitos UTI e internaçãoAlém das salas cirúrgicas, também foram ampliados os leitos UTI e internação

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

Já está em funcionamento o novo sítio cirúrgico da unidade II do Hospital Márcio Cunha (HMC), localizado no bairro Bom Retiro, em Ipatinga. A inauguração ocorreu na manhã desta terça-feira (21), e para o período da tarde já estavam programadas 25 cirurgias. Até o fim de 2025, já estão agendados mais de 1.300 procedimentos cirúrgicos na unidade.

Conforme a Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do HMC, foram investidos cerca de R$ 17 milhões na ampliação e reforma do bloco cirúrgico, que agora passa a contar com oito salas de cirurgia, ante às quatro existentes.

Flaviano Ventorim, diretor-presidente da FSFX, explica que a reforma foi bem planejada e que vem para atender uma demanda reprimida em todo Vale do Aço.

“A gente vem planejando a fundação para poder entregar cada vez mais para a sociedade do Vale do Aço, para a sociedade mineira e esse investimento ele desafoga o centro cirúrgico que deve reduzir filas de cirurgias em toda região. Essa ampliação é um anseio dos médicos, do time que trabalha na fundação e é o nosso compromisso de uma fundação cada vez melhor para todos nós que que estamos aqui na sociedade do Vale do Aço. É um investimento muito bem pensado, porque o dinheiro é escasso. A fundação é uma instituição filantrópica, mais de 60% dos atendimentos são do SUS e a gente fez esse investimento com muito zelo com o recurso que a gente recebe”, afirma Ventorim.

A unidade II poderá fazer procedimentos de baixa, média e alta complexidade, com vocação para cirurgias eletivas, ou seja, aquelas já agendadas, mas caso haja necessidade, também podem ser feitas cirurgias de urgência e emergência para desafogar a unidade I.
Matheus Valadares
Novo bloco cirúrgico do Hospital Márcio Cunha promete reduzir filas de cirurgia no Vale do AçoNovo bloco cirúrgico do Hospital Márcio Cunha promete reduzir filas de cirurgia no Vale do Aço

“É evidente a necessidade de atender a demanda cirúrgica existente aqui na nossa região. Nosso backlog cirúrgico ultrapassa 2 mil casos, e nós precisamos dar vazão para esses casos, não falando só hoje no Márcio Cunha, até fora da região, esse número possivelmente é superior. A gente pretende chegar na nossa melhor performance de 50 cirurgias ao dia, algo em torno de 8 cirurgias por sala”, complementa Eduardo Blanski, diretor de negócios do HMC.

Mais segurança
Além de mais celeridade na marcação dos procedimentos, com a possibilidade de diminuir a fila reprimida e o tempo de espera, o novo sítio cirúrgico oferece mais conforto e segurança aos pacientes e profissionais.

“Nós temos uma taxa de infecção de sítio cirúrgico, de cirurgia limpa, de menos de 1% em todas as nossas operações e isso traz aí a possibilidade da gente melhorar ainda mais a segurança e eliminar ou minimizar o risco de contaminação e infecção em pacientes. Além também de garantir uma cirurgia segura, a gente aplica todo o protocolo de cirurgia segura, que traz uma riqueza muito grande de passos e processos relacionados à segurança do paciente”, informou Charlles Soares, coordenador de cirurgias, obstetrícia e esterilização do hospital.

Tecnologia
Também houve um investimento em parque tecnológico com a atualização dos monitores, aparelhos de anestesia, toda estrutura de TI, de informática e também de material de suporte, como arco cirúrgico. Além disso foram incorporadas novos microscópios, novos arcos cirúrgicos, estativas modernas (estrutura que serve para dar suporte a equipamentos ou aparelhos, mantendo-os estáveis e em uma posição fixa), um novo sistema de tubulação completo e independente em cada sala cirúrgica, com rede de gases, rede vácuo, oxigênio, CO2, nitrogênio, que elimina qualquer tipo de necessidade de cilindros em sala cirúrgica ou tomadas no chão.

“Existe sim uma intenção muito importante, que no futuro a gente consiga agregar outras estruturas tecnológicas, inclusive a cirurgia robótica aqui no Vale do Aço”, pontua Alexandre Silva Pinto, Diretor Técnico do HMC e médico anestesiologista.

Contratações
Devido à ampliação das salas, a FSFX contratou cerca de 40 profissionais para atuar no centro cirúrgico, dentre eles, técnicos de enfermagem, limpeza, farmácia e logística. “A ampliação do centro cirúrgico envolve leitos de UTI, leitos de internação. Isso é o início de um grande projeto de ampliação que a gente espera ao longo dos próximos dois anos, poder conversar com vocês um pouco mais [sobre os novos projetos]”, conclui Flaviano Ventorim.

Desafios
Ao todo, foram seis meses de obras, que iniciaram com a construção da nova infraestrutura. Durante o período, foi necessário que as operações fossem cessadas por 55 dias, para que não houvesse nenhum risco aos pacientes.

“Durante quatro meses de obra, a gente seguiu fazendo a cirurgia porque era possível conciliar, sem risco, sem nenhuma possibilidade de contaminação, ou seja lá, algo do gênero. A partir do momento em que nós entramos nesse ponto onde não dava mais para manter por barulho, por vibração, até mesmo por risco de contaminação, subimos o volume cirúrgico para a unidade I, e aqui, na unidade II juntou a parte nova com a parte antiga, tanto de instalações, quanto de circulação. Foi um exercício de precisão muito grande, porque não poderia haver atraso, não poderia haver contratempo, não poderia haver, de nenhuma forma, diferença orçamentária”, detalhou Blanski.
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