28 de outubro, de 2025 | 06:00
Noite de decisão
Fernando Rocha
Com um gol marcado pelo volante Alan Franco, aos 23 segundos do primeiro tempo, o mais rápido da competição até agora, o Atlético venceu o Ceará e abriu novamente cinco pontos da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, resultado que também trouxe tranquilidade e confiança para buscar hoje, na Arena MRV, a classificação para a final da Copa Sul-Americana, contra o Independiente Del Vale, do Equador.A melhor definição para a atuação do time do Galo no último sábado foi de um torcedor em postagem no X, antigo Twiter: O Galo jogou bem até fazer o gol”.
A expectativa é que hoje, com o apoio da massa” atleticana, o time comandado por Jorge Sampaoli tenha uma postura diferente, seja ofensivo e, ao mesmo tempo, tenha responsabilidade e competência para se defender da principal arma dos equatorianos, que são os contra-ataques, neste que é considerado o principal jogo até aqui na temporada.
Pior momento
O Cruzeiro empatou sem gols com o líder Palmeiras, mesmo com um jogador a menos, desde os 25 minutos do segundo tempo, devido à expulsão injusta do zagueiro Fabrício Bruno, deixando para a sua torcida a impressão de que poderia ter saído com a vitória.
Foi um grande desastre a atuação do assoprador de apito gaúcho, Raphael Klein, em nada diferente dos seus demais colegas, o que confere ao atual momento da arbitragem brasileira como o pior e de mais baixo nível desde que o inglês Charles Muller desembarcou neste país, em 1894, trazendo duas bolas, um par de chuteiras, um livro com as regras do futebol, uniformes e uma bomba de ar.
O melhor ficou para as entrevistas no pós-jogo, a começar pelo goleiro Cássio, que pediu a união e colaboração de todos os jogadores” para melhorar o nível da arbitragem nacional.
De fato, com tantas ceras de goleiros, tentativas de enganar os apitadores em benefício próprio, reclamações acintosas e desrespeitosas por parte de jogadores e comissões técnicas não vamos chegar a lugar nenhum.
Os dois técnicos portugueses, Leonardo Jardim do Cruzeiro e Abel Ferreira do Palmeiras, também foram unânimes em criticar o nível da arbitragem brasileira, sendo que o comandante celeste foi ainda mais contundente ao incluir, também, no pacote de horrores, a qualidade e a falta de padronização dos gramados, o calendário, além de outras mazelas.
FIM DE PAPO
Hoje ninguém se salva na arbitragem brasileira e faço coro ao que escreveu no UOL o ex-jogador Casagrande: Se colocarem no liquidificador a arbitragem e o VAR do país sai suco de mediocridade”. Cada árbitro tem o seu próprio critério e não há padronização. No fim das contas, o que prevalece é o que está na cabeça do assoprador de apito, que adota critérios diferentes para lances semelhantes, beneficia uns e prejudica outros.
Este gaúcho Rafael Klein é ruim com força e se perdeu totalmente quando, aos 11 minutos do primeiro tempo, mesmo alertado pelo VAR, foi caseiro e deixou de expulsar o zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, que entrou duro e por cima no tornozelo de Wanderson, que precisou ser substituído por Arroyo. Aos 25 minutos do segundo tempo, este juizinho horroroso prejudicou novamente o Cruzeiro ao expulsar, injustamente, o zagueiro Fabrício Bruno, por uma suposta falta no atacante Alan que só ele viu.
Além disso, ele marcou o total de 40 faltas, fez o jogo que tinha tudo para ser ótimo ficar insuportável de assistir. Picotar, amarrar a partida no apito tem sido sua maneira de atuar, algo que é recorrente na arbitragem brasileira, cujo comando é incompetente e não zela pela qualidade do produto ofertado. Mas o troféu Óleo de Peroba” coube ao técnico palmeirense, Abel Ferreira, que desta vez deu razão ao conterrâneo Jardim, mas não é assim que tem se comportado, pois sempre ignora erros a seu favor e até os minimiza, como recentemente no pênalti não marcado para o São Paulo. Abel e sua comissão técnica são os que mais pressionam árbitros e sempre tentam controlar narrativas em favor de seu clube. A frustação do técnico cruzeirense tem sentido e se mostra verdadeira, o que não é o caso do português palmeirense.
O Atlético não terá hoje, contra o Del Vale, o polivalente meio-campista Gustavo Scarpa, por ter recebido terceiro cartão amarelo na partida anterior, disputada no Equador. Scarpa é um dos poucos neste time do Sampaoli que tem jogado um bom futebol. Inadmissível foi a revelação que fez após o empate contra o Ceará, quando também levou o terceiro amarelo e vai desfalcar o Galo contra o Internacional, próximo jogo pela competição nacional. O jogador disse que não sabia e não foi alertado que estava pendurado” no jogo do Equador. Em primeiro lugar, demonstra desleixo de sua parte, pois todo jogador precisa se interessar pelo que acontece em torno da profissão que exerce. Mostra, também, que a comissão técnica e a direção de futebol do clube foram omissos, pois deveriam estar atentos a detalhes importantes como este, e alertar o atleta para não prejudicar o clube. (Fecha o pano!)
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