29 de outubro, de 2025 | 14:27

Marliéria alerta para prejuízo com a interrupção da reforma da Ponte Queimada

Administração do município solicitará a revisão da liminar, de forma a permitir a conclusão da obra já contratada, mantendo o isolamento físico da ponte até que o Estado cumpra suas obrigações

Divulgação
Reforma do tabuleiro da ponte foi iniciado neste mês de outubro, com verba de R$ 1,06 milhão oriunda do governo federal Reforma do tabuleiro da ponte foi iniciado neste mês de outubro, com verba de R$ 1,06 milhão oriunda do governo federal

Administração de Marliéria afirma que recebeu com preocupação a decisão da Justiça que determinou a suspensão da reforma da Ponte Queimada, conforme noticiado pelo Diário do Aço, nesta quarta-feira (29).

A justiça fundamenta a decisão na inércia do Instituto Estadual de Florestas (IEF) em promover a instalação de guaritas para controle de acesso nas entradas e saídas da Estrada da Ponte e estabelece prazo para que o IEF implante os dispositivos com controle rigoroso de acesso e outras medidas complementares no entorno do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), antes da reabertura da estrada. Tais condicionantes incluem a instalação de câmeras, cancelas, redutores de velocidade e a elaboração de um plano de monitoramento da fauna, cabendo ao Estado o prazo de 180 dias para execução dessas ações.

A administração de Marliéria destaca que cumpriu integralmente com suas responsabilidades: buscou o recurso em Brasília, pagou e elaborou o projeto de engenharia, realizou todo o processo licitatório (Concorrência Eletrônica 01/2025) e assinou o contrato com a empresa MDP Construção Civil Ltda., responsável pela reforma e manutenção da ponte, que foi gravemente danificada por incêndios criminosos. O investimento é de R$ 1,06 milhão, destinado exclusivamente à substituição do tabuleiro de madeira e instalação de guarda-corpo, sem qualquer impacto estrutural no leito do rio ou nas áreas de preservação.

“As obras foram iniciadas na cabeceira de Pingo-d’Água, fora do perímetro do Perd, com canteiro de obras e armazenamento de materiais instalados em área fora da unidade de conservação, respeitando todas as recomendações ambientais vigentes”, acrescenta a nota.

Ainda conforme a administração municipal, a Nota Técnica 1/IEF/PE Rio Doce/2025, emitida pelo próprio Instituto Estadual de Florestas, reconhece a importância histórica, cultural e ambiental da Ponte Queimada, além de não se opor à sua manutenção, desde que observadas as diretrizes do Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Doce. “O documento reforça que a manutenção da ponte é compatível com os objetivos de conservação e pesquisa do Perd, e pode contribuir para a fiscalização, turismo sustentável e educação ambiental”, afirma.

O governo municipal acrescenta que acionará seu corpo jurídico para solicitar a revisão da liminar, de forma a permitir a conclusão da obra já contratada, mantendo o isolamento físico da ponte até que o Estado cumpra integralmente as medidas que lhe competem.

A administração municipal afirmou que a desmobilização da empresa contratada poderá causar graves prejuízos financeiros e logísticos ao município. O governo “reafirma seu compromisso com a legalidade, a preservação ambiental e a segurança da população, confiando que o bom senso e o diálogo institucional prevalecerão para que a obra seja concluída com responsabilidade e transparência”, conclui.

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Comentários

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Renato Carneiro Moreira

30 de outubro, 2025 | 23:18

“Perguntem a estes seres burocratas de escritório que estão fazendo tantas condicionantes se os mesmos residem ou precisam desta ponte para reduzir os custos com tamanho deslocamento em função de uma burocracia burra, cheia de penduricalhos. A claro que não.”

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