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04 de novembro, de 2025 | 06:00

Sob o signo do medo...

Nena de Castro *


Olá! Escrevo vendo o mar, eternamente azul, eternamente belo nessa viagem com a qual meus ovos de urubu me mimosearam pelos 76 anos que alcancei, por concessão de Deus! Nem senti vontade de dar bom dia, ainda estou sob o impacto da desgraça. Inferno sô, que furdunço foi aquele? Não me chamo Yossef ou Farid ou Ester, não nasci nem moro na faixa de Gaza, então por que vi mortos na calçada do Rio de Janeiro, estendidos como animais abatidos? Zangada, abestada, horrorizada! Meu Deus, acaso vivo em Gaza(ai!) ou na Ucrânia onde russos matam a torto e a direito, cobrindo cidades e campos com sangue, e não fui avisada? Na-na- ni- na- não, eu sou Manuel, Zé ou Maria e “moro em um país tropical abençoado por Deus” e arrasado por incompetência político-administrativa!

E temos as famosas “operação pega-bandido”, que pegam também pessoas humildes que vão para seus empregos, lutando para sustentar a família! O espocar de fuzis e metralhadoras e drones que chegaram aos morros e favelas assim, “do nada”, o pavor das pessoas... O pobre e a fome, o pobre e o subemprego, o pobre e o eterno ir e vir em busca de viver em paz... “O Haiti não é aqui”, caetaneou o baiano.

Nem Síria, nem Mianmar, nem Uganda, nem Moçambique onde quase 30 anos de guerra arrasaram e encharcaram a terra de sangue e mataram milhares de inocentes, em vão, o país continua na miséria! Penso que aqui, na podre engrenagem política do patropi, foi calculado e produzido o medo como resultado do horror e o caos cravado com sangue pelas favelas, para tumultuar o país.

Perdão, mas foi o que achei: as eleições se aproximam e o furdunço é muito útil para alguns! Pense a quem interessa tal violência, tal estado de terror? A mim, me parece uma tentativa política de instalar o caos como medida eleitoreira, eis que o governo do Rio alinha-se com a extrema direita; o extermínio traz pânico, reinstala o medo, e com ele, a incerteza e a fragmentação da ordem social. E aí mora o perigo da desinformação midiática que leva ao absurdo: há os que embarcam na tristemente famosa frase “bandido bom é bandido morto”; outros generalizam dizendo que das favelas só vem porcaria, gente ruim; esquecem que fuzil e droga não tem pés para subir o morro e que tem “gente graúda” nesse negócio de milhões! Os pedreiros, motoristas, diaristas, empregadas domésticas, ou seja, a mão de obra que serve aos poderosos é formada em maioria absoluta por pessoas honestas, trabalhadores que só querem ter o direito de ir e vir, trabalhar e criar seus filhos em paz.

Ontem, assentados na praça da Igreja da Consolação aqui do Prado, eu observava as pessoas passeando, comendo, tomando seus goles, cantando, rindo, crianças brincando e fiquei “folhosofando”: por que cargas d’agua não podemos viver em paz? Certamente por causa da ambição e maldade de parte da humanidade.

Há gente orquestrando o mal, o caos, o medo! E fingindo ignorar que a paz é resultado da saúde, educação, cultura, bons salários, pois “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte”.

SAI, CAPETA! Queremos viver em paz! E que os brasileiros simples possam viver com dignidade, não é à toa que minha tia Lady Zefa, afirma sabiamente que “sabuco só quebra no c.. do pobre! “ Afeeeeeeeeeeeeeeee! E nada mais posso dizer, pitombas! AU REVOIR.

* Escritora e Encantadora de Histórias.

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Tião Aranha

04 de novembro, 2025 | 09:46

“Realmente o bicho anda solto. Se vivêssemos na Idade média, diria que era o Apocalipse. Mas os tempos mudaram, e a fala dos artistas da esquerda ficaram no passado. Já não fazem tanto sucesso! Agora estão caladinhos. Calaram para sempre! Rs.”

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