07 de novembro, de 2025 | 08:50

Casamento formal ainda predomina no Vale do Aço, aponta Censo 2022

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Enquanto país muda costumes, região preserva casamento no civil e igreja como formas mais comuns de união conjugalEnquanto país muda costumes, região preserva casamento no civil e igreja como formas mais comuns de união conjugal

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

Ao contrário do cenário observado no Brasil, nas cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) o casamento civil e religioso ainda detém o maior percentual de união conjugal. É o que revela o extrato da pesquisa Nupcialidade e Família: Resultados preliminares da amostra, do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados revelam que em Coronel Fabriciano existem 30.029 (65,49%) casais que casaram no civil e religioso; 7.277 (15,87%) que casaram apenas no civil; 200 (0,44%) que receberam apenas o matrimônio na igreja e 8.348 (18,21%) em união consensual, ou seja, pessoas que moram com companheiro(a), mas sem o registro civil ou religioso.

Em Ipatinga são 73.243 (68,23%) casais unidos pelo casamento religioso e civil; 16.317 (15,20%) apenas pelo casamento no civil; 564 (0,53%) que casaram apenas no religioso e 17.227 (16,05%) em união consensual.

Em Santana do Paraíso, 15.338 (68,69%) casais optaram pelo casamento religioso e civil; 3.321 (14,42%) optaram apenas pelo civil, outros 85 (0,38%) apenas casaram no religioso e 3.699 (16,51%) decidiram se unir consensualmente.
Por fim, em Timóteo existem 25.245 (68,45%) casais que casaram no religioso e civil; 6.006 (16,17%) que se uniram apenas no civil; 83 (0,22%) que casaram apenas no religioso e 5.560 (15,16%) em união consensual.

Brasil
Em 2022, mais da metade (51,3%) da população de 10 anos ou mais do país vivia em união conjugal, o que representa 90,3 milhões de pessoas. Pela primeira vez, o tipo de união mais frequente foi a união consensual (38,9%), que ultrapassou o casamento civil e religioso (37,9%). Em relação a 2000, houve crescimento dos casamentos somente no civil e das uniões consensuais. Por outro lado, caíram os percentuais das pessoas unidas pelo casamento civil e religioso (de 49,4% em 2000 para 37,9% em 2022) e unidas apenas no religioso (de 4,4% para 2,6%).



“O aumento na proporção de uniões consensuais reforça as mudanças comportamentais que têm sido experimentadas na sociedade brasileira, quando as uniões no civil e religioso vem perdendo espaço para as uniões não formalizadas. No entanto, vale ressaltar que as uniões consensuais podem ser registradas em cartório ou não”, ressalta Luciene Longo, analista da pesquisa.

Mulheres se unem mais novas
Os dados também mostram que mulheres mais novas, com idade até 39 anos (42,9%), estavam unidas em uma proporção mais elevada do que homens do mesmo grupo etário (35,8%). Entre os 40 e 49 anos, isso se inverte, com maior proporção de homens unidos (23,2% versus 23,1% para mulheres), chegando a uma diferença de quase 6 pontos percentuais entre as pessoas de 60 anos ou mais (22,5% e 16,7%, respectivamente).

“Isso reflete a maior expectativa de vida das mulheres. Com uma maior longevidade feminina, aumenta a proporção de mulheres nunca unidas e aquelas que passam a viver sem os seus cônjuges ou companheiros, seja por separação ou viuvez, fazendo com que a proporção de homens que vivem em união seja maior a partir dos 60 anos de idade”, observa Luciene.

A idade média à primeira união mostrou uma sutil tendência de crescimento nas últimas décadas. Em 1980, era de 24,1 anos; em 1991, 24,3 anos; em 2000, 24,2 anos; em 2010, 24,4; e em 2022 passou a 25 anos de idade. Homens continuam se unindo em idades superiores, no entanto, essa diferença diminuiu ao longo dos anos: enquanto em 2000 e 2010 era em torno de 3 anos (de diferença entre homens e mulheres), em 2022 passou para 2,7 anos.

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