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09 de novembro, de 2025 | 08:45

Ipatinguense conta como superou a depressão e o excesso de peso com atividade física

Enviada ao Diário do Aço
Filipe Vicente tem 32 anos e chegou a pesar cerca de 204 kgFilipe Vicente tem 32 anos e chegou a pesar cerca de 204 kg

Por Dani Roque - Estagiária sob supervisão

Filipe Vicente, 27 anos, morador do bairro Canaãzinho, em Ipatinga, é influenciador e teve o diagnóstico de depressão em 2020, após o falecimento do irmão mais velho, de 41 anos, vítima da covid-19. Em entrevista ao Diário do Aço, ele conta sobre os desafios que o limitavam.

“O principal desafio emocional era viver mesmo, comigo mesmo, sem ir no mundo. Cheguei a ficar nove meses sem sair do meu quarto e, nesse período, engordei mais de 100 kg. Eu perdi minha mãe. Ficava questionando por que se foi e não eu, porque ele era pai de dois filhos, tinha esposa. O desafio emocional físico foi que eu fui desenvolver compulsão alimentar, fui ficando extremamente obeso, então eu não conseguia andar direito, caminhar, eu não conseguia fazer nada, mas eu meio que não estava ligando para isso também”, disse.

Felipe também conta como melhorou sua rotina e transformou sua dor em superação. “Depois que comecei de vez a me exercitar, a viver essa rotina fitness que vivo hoje, posto vídeo dela todo dia, tudo melhorou. Eu corro mais de 30 quilômetros por dia, faço aula de boxe, musculação, então fisicamente melhorou 200%. E emocionalmente também, eu consigo entender várias coisas hoje, também faço acompanhamento com psicólogo”.

O jovem ressalta o poder da atividade física em sua mudança. “O exercício físico ajuda em tudo. No começo é ruim, você não quer fazer nada, você não tem disposição para nada, mas chega um dia que você só faz, só faz. Mas aí chega um dia que você para, olha no espelho, você vê que está melhorando. A vezes se pega refletindo, decide não beber e comer um pedaço de pizza. Eu sigo um plano de treinamento e a dieta feita pelo meu personal, que faz minha consultoria com treinos, dieta rigorosa, e malho todos os dias”, afirma Felipe.

No Brasil
A prevalência de depressão no Brasil está em torno de 15,5% e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a organização, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade.

Filipe deixa um recado para pessoas que estão lutando contra a depressão. “Continue lutando, não desista, não pense que o mundo não precisa de você e que você não é importante para ninguém. Você é importante para alguém sim, nem que seja uma pessoa, vai ter alguém. Eu achava que eu não era importante para ninguém, que ninguém se preocupava comigo e que, se eu morresse, seria a melhor coisa para mim. Tentei suicidar nove vezes. Eu não digo que eu não consegui, acredito que foi Deus que impediu de isso acontecer. E hoje eu vejo pessoas comentando nos meus vídeos, que se inspiram em mim, e isso e deixa muito feliz e grato em saber que esse ano eu consegui dar essa volta por cima”, finalizou Felipe, que compartilha sua rotina de treinos em seu Instagram: @filipe.jokerr22.
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