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13 de novembro, de 2025 | 12:00

Deputado federal Euclides Pettersen, presidente do Republicanos em MG, é alvo de busca e apreensão da PF na fraude do INSS

Divulgação Instagram
O deputado federal Euclides Pettersen, também presidente do Republicanos em MG, é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSSO deputado federal Euclides Pettersen, também presidente do Republicanos em MG, é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS

O deputado federal Euclides Pettersen, também presidente do Republicanos em Minas, foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). No âmbito dessa operação a Polícia Federal prendeu hoje o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto.

A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. O deputado mineiro é investigado por ter vendido um avião a uma entidade ligada às fraudes. Ele é um dos dois deputados que tiveram endereços vasculhados na ação. O outro é o deputado estadual do Maranhão Edson Cunha de Araújo, que presidiu uma entidade de pescadores responsável por descontos irregulares.

O presidente do Republicanos em Minas se defendeu: “Recebo a ação com serenidade e respeito às instituições. Reitero que nunca tive qualquer vínculo com o INSS, seus dirigentes ou decisões administrativas. Sobre a Conafer, reafirmo o que já disse em plenário: não tenho relação ilícita com a entidade e nunca participei de sua gestão. Defendo investigações rigorosas e confio plenamente na Polícia Federal, no MPF e no STF. Estou à disposição para todos os esclarecimentos e certo de que a verdade prevalecerá.”

A nova fase da Operação Sem Desconto está cumprindo 63 mandados de busca e apreensão e 10 prisões em 15 estados. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.

A farra do INSS
O escândalo do INSS foi revelado pelo jornal Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).

Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril, e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

O deputado entrou na mira da PF após seu nome ser citado por pelo menos dois depoentes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o esquema de descontos não autorizados do INSS.

Autoridades investigam se ele era beneficiado com desvios ilegais de aposentados e pensionistas. Ele também é suspeito de usar seu cargo político para indicar aliados a fim de atender a seus interesses pessoais.

Em seu depoimento à CPMI, no último mês, o ex-diretor de Governança do INSS, Alexandre Guimarães, afirmou ter sido uma indicação do parlamentar, com quem mantinha algum vínculo, sem dar detalhes sobre.

Entenda a origem da investigação
No começo da apuração do escândalo do golpe contra aposentados e pensionistas do INSS, foi denunciado que uma ONG parceira da Conafer - entidade envolvida na farra do INSS - comprou uma aeronave de um deputado federal de Minas Gerais logo após receber R$ 2,5 milhões em emendas parlamentares do próprio deputado. O deputado federal envolvido na operação comercial se chama Euclides Pettersen (Republicanos-MG).

Ele é considerado porta-voz político da Conafer. As emendas enviadas por ele ao Instituto Terra e Trabalho (ITT) - parceira da entidade - foram parar em empresa ligada à própria Conafer, a partir de um esquema de fraude à licitação, segundo investigação da coluna Tácio Lorran.

No total, Euclides Pettersen enviou duas emendas para a ONG, que é umbilicalmente ligada à Conafer. O primeiro empenho ocorreu em outubro de 2022, no valor de R$ 1,5 milhão. Já a segunda emenda, de R$ 1 milhão, foi enviada em dezembro de 2023. Ambas tinham como objeto a realização de capacitação de agricultores e inseminação de gado bovino em Minas Gerais. (Com informações da Polícia Federal e do Metrópoles)
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