18 de novembro, de 2025 | 06:00
De canção, lembranças e escolas...
Nena de Castro *
Acordei com a recordação dessa canção, conhecem? Vento que balança as palhas do coqueiro/Vento que encrespa as ondas do mar/Vento que assanha os cabelos da morena/Me traz notícia de lá./Vento que assovia no telhado/Chamando para a Lua espiar/Vento que na beira lá da praia/Escutava o meu amor a cantar”.
Fiquei cantando, relembrando nossas serestas em GV, meu primo Ari Pena ao violão, eu e minha irmã Marlene, os primos Raul de Sá e Clara Fernandes, cantando ao luar... Foram lembranças tão doces, tão vívidas e a saudade deu o tom da minha manhã, recordando meus sonhos de adolescente... Belchior afirma que viver é melhor que sonhar”, mas penso que o bom é sonhar e viver nosso sonho, enquanto o sol maravilhosamente nos ilumina e o céu mostra rebanhos de carneirinhos pastando no azul.
Na semana passada vivi e sonhei no Chá Literário da Escola Estadual Dr. Ovídio de Andrade, acompanhada por minha dileta amiga, a escritora Maria Aparecida Eloy. Fomos envolvidas por Alice, o Chapeleiro, o Coelho, a Rainha Vermelha, a Rainha Branca, o Chapeleiro Louco, o Coelho Branco, os soldados e tantos outros personagens interpretados pelos alunos. Eu, que acredito no trabalho transformador das escolas, fiquei encantada com os participantes em suas fantasias, olhos brilhando de alegria, mostrando aos pais o que aprenderam em um Projeto orquestrado pela professora Regiane Pinho.
E ainda tivemos a encenação do SÍTIO DO PICAPAU AMARELO, com os personagens de Lobato nada devendo aos de Lewis Carrol! Com participação familiar em diversos momentos do Projeto, foi lindo ver pais, avós e tios aplaudindo seus rebentos. É assim que deve ser, quando as famílias se integram e apoiam a escola, todos saem enriquecidos!
Fui também à escola Municipal Deolinda Tavares Lamego e assisti as crianças conduzidas pela professora Elaine Bicalho que embarcaram no projeto Rimaria da Turminha” e com o trava-línguas do livro MARIANA CATIBIRIBANA, tornaram-se partícipes da brincadeira mágica que faz com que dominem e brinquem com a Língua Portuguesa, fazendo-as sentirem-se capazes de explorar seu idioma em sons lindos, em brincadeiras rítmicas sem fim...
Acham que tão cheia de luz eu vou falar de coisas tristes? Nem morta! Como poetou Tiago de Melo, FAZ ESCURO, MAS EU CANTO, PORQUE A MANHÃ VAI CHEGAR”! E há de chegar, basta escolher bem em quem votaremos, visse? E nada mais digo a não ser que envio um abraço ao senhor Napoleão, que faz parte dos meus cinco leitores. Au revoir.
* Escritora e Encantadora de Histórias.
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