20 de novembro, de 2025 | 10:49
Atendente é vítima de injúria racial em loja de Ipatinga à véspera do feriado da Consciência Negra
Uma jovem de 19 anos, auxiliar de uma loja no Centro de Ipatinga, foi vítima de injúria racial. O fato foi registrado na tarde de quarta-feira (19), véspera do feriado do Dia da Consciência Negra.
O caso ocorreu por volta das 15h na rua Poços de Caldas, quando a funcionária, que trabalhava como caixa, foi ofendida por uma cliente após informar que não poderia consultar o preço de um produto naquele setor.
Segundo relato da vítima à Polícia Militar, uma mulher com aparência de 40 anos, cabelos pretos e vestida com uma regata verde, reagiu de forma agressiva e passou a proferir ofensas de cunho racial. Entre os insultos, a autora teria gritado: Sua macaca! Estou marcando sua cara! Para de latir! Eu voltarei aqui, você vai ver!”.
Após perceber que a Polícia Militar seria acionada, a agressora deixou a loja e seguiu a pé no sentido à avenida João Valentim Pascoal. Um cliente que estava na fila informou aos policiais que a mulher poderia se chamar Franciele” e seria moradora do bairro Caravelas. A PM fez diligências, entretanto, sem localizar a mulher.
Multa e prisão
Injúria racial é o crime de ofender a dignidade ou o decoro de alguém usando elementos de raça, cor, etnia ou origem, e a pena prevista é de reclusão de 2 a 5 anos e multa, de acordo com a Lei nº 14.532/2023. Essa lei equiparou a injúria racial ao crime de racismo, aumentando a pena anteriormente prevista. O crime não prescreve e o infrator pode ser preso e sofrer as consequências de seus atos a qualquer momento.Leia também:
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