25 de novembro, de 2025 | 06:00

De ditados populares e reflexões sobre certas coisas...

Nena de Castro *


Bom dia! Hoje não sei bem a causa, estou me lembrando de certos ditados populares com corruptelas tais como: “Pau que dá em Chico, dá também em Francisco e sobra pro jegue”! “Água mole em pedra dura, tanto bate, até que acaba a água e a paciência e a coisa desanda”. “Quem com ferro fere e usa ferro de solda na tornozeleira, costuma levar ferro também”! Rs. Tô meio impossível, mas gostar de certos acontecimentos, quem não haveria de? Então, nessa vibe comecei a pensar em certos uns que conheci nessa vida, gente ruim, que não se importa com os seus semelhantes, não se incomodando com a dor alheia e por aí fui. Lembrei do homem do bigodim ridículo e suas teorias da pureza da raça ariana; de Herodes e a mortandade dos inocentes, desses homens loucos que vivem fazendo guerra sem se importar com as consequências, desses que nem o Pinto Calçudo que pensa que é onipotente e despreza o mundo todo...

E até me veio à memória um episódio bíblico narrado no livro de Juízes, no capítulo 9 e 10, que traz a história de um “cara bão”, pura finesse, chamado Abimeleque. Esse tal era filho de Gideão, aquele que com 300 homens expulsou os midianitas que assolavam Israel. Ocorre que após as lutas, ofereceram a Gideão o trono do país, mas ele não aceitou. Ele era “o cara” e tinha 70 filhos de mulheres diversas.

Então Abimeleque foi à cidade onde viviam os 70 e persuadiu os irmãos a falar com os habitantes que todos eram herdeiros, mas que um só rei seria mais apropriado. Convencidos os cidadãos, ele partiu e os irmãos lhe deram 70 peças de prata, que o “bom rapaz” usou para contratar uns bandidos e com a ajuda deles, matou os irmãos sobre uma pedra. O menor, porém, chamado Jotão, conseguiu se esconder, escapando da morte. Abimeleque foi então declarado rei de Israel pelos habitantes da cidade e muita água passou por debaixo da ponte, entre traições, guerras, até que ao tomar a cidade de Tebez, foi colocar fogo na porta de uma torre onde os cidadãos tinham se abrigado, uma mulher lançou um pedaço de mó na sua cabeça, e lhe quebrou o crânio.

Ao ver que o trem tava preto, Abimeleque ordenou a seu escudeiro que desembainhasse a espada e o matasse, para não dizerem que tinha sido morto por uma mulher. Assassino e machão, me deu vontade de chamar a ministra Cármem Lúcia Rocha pra ele! Posé, o mundo dá muitas voltas, e a gente paga é aqui mesmo, um dia o cara zomba dos vivos e dos mortos, noutro o tolete da justiça lhe acerta o cocuruto, ele trupica e cai feio numa cela! Ces’t la vie! Hoje, eu envio um abraço para o senhor João Messias, um dos meus cinco leitores! E penso que às vezes, “o mundo é bão, Sebastião”! E nada mais digo, a não ser “nada como um dia depois do outro”, não é mesmo? Au Revoir.

* Escritora e encantadora de histórias.

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