03 de dezembro, de 2025 | 08:45
Minas é destaque no país ao registrar alta na produção de aço enquanto outros estados recuam
Divulgação
O parque siderúrgico mineiro, que inclui as empresas Usiminas e Aperam South America, sediadas no Vale do Aço, produziu 924 mil toneladas no mês de outubro
O parque siderúrgico mineiro, que inclui as empresas Usiminas e Aperam South America, sediadas no Vale do Aço, produziu 924 mil toneladas no mês de outubroPor Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Minas Gerais manteve a liderança na produção nacional de aço bruto e foi o único entre os principais estados produtores a registrar alta em outubro. Os dados foram divulgados no balanço mensal do Instituto Aço Brasil.
O parque siderúrgico mineiro, que inclui as empresas Usiminas e Aperam South America, sediadas no Vale do Aço, produziu 924 mil toneladas no mês, crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume representa 30,9% de toda a produção brasileira.
No acumulado de janeiro a outubro, Minas Gerais alcançou 8,54 milhões de toneladas de aço bruto, participação de 30,5% no total nacional. No entanto, o resultado reflete uma queda de 0,8% em comparação aos primeiros 10 meses de 2024, quando a produção foi de 8,61 milhões de toneladas.
A produção de laminados e semiacabados do estado também se manteve elevada: foram 832 mil toneladas em outubro, equivalentes a 29,8% da produção brasileira. No acumulado do ano, o volume chegou a 7,9 milhões de toneladas, garantindo uma fatia de 29,6% do mercado.
O desempenho de Minas Gerais contrasta com as quedas observadas em Rio de Janeiro e São Paulo, que registraram recuos de 6,1% e 14,9%, respectivamente, na produção de aço bruto em outubro.
Brasil
A produção brasileira de aço bruto somou 3 milhões de toneladas em outubro de 2025, queda de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O recuo também atingiu os laminados, que fecharam o período com 2 milhões de toneladas, uma retração de 6,1%. Na direção oposta, os semiacabados para venda registraram alta de 6% e atingiram 797 mil toneladas, segundo dados do Instituto Aço Brasil.
No acumulado entre janeiro e outubro, a produção nacional de aço bruto chegou a 28 milhões de toneladas, volume 1,8% inferior ao registrado no mesmo intervalo de 2024. A fabricação de laminados também recuou, com 19,8 milhões de toneladas (1,2%). Já os semiacabados para venda somaram 7 milhões de toneladas, queda de 8,7% no comparativo anual.
Mesmo com a desaceleração da produção, o consumo aparente de produtos de aço aumentou 2,9% no acumulado do ano e fechou em 22,7 milhões de toneladas. Em outubro, porém, houve retração de 6,3% no consumo, acompanhando a queda das vendas internas, que recuaram 6,5% e ficaram em 1,8 milhão de toneladas. Para o setor, a combinação entre menor atividade industrial e maior entrada de produtos importados continuam pressionando o mercado doméstico".
As importações somaram 473 mil toneladas em outubro, recuo de 21,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Mesmo assim, no acumulado do ano, as compras externas avançaram 6,1% e alcançaram 5,5 milhões de toneladas. A Ásia se mantém como principal origem dos produtos importados, respondendo por mais de 80% do volume total, com destaque para China e Coreia do Sul.
Nas exportações, o setor apresentou forte reação em outubro. O embarque de produtos siderúrgicos alcançou 907 mil toneladas, avanço de 28,1% frente ao mesmo período de 2024. A América do Norte manteve-se como principal destino, enquanto as vendas para a Europa tiveram salto expressivo no mês. No entanto, no acumulado de janeiro a outubro, o valor exportado caiu 9,6%, apesar do aumento de 4,6% no volume.
Posição mundial
No cenário internacional, o Brasil permanece como o nono maior produtor de aço. Até setembro, o país acumulava 25 milhões de toneladas, queda de 1,6% em relação a 2024. O ranking mundial continua liderado por China, Índia e Estados Unidos, que somam mais de 68% da produção global.
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