10 de dezembro, de 2025 | 13:58

Ministério Público de Minas Gerais leva a julgamento acusado de homicídio qualificado em Naque

Está agendada para o dia 16 de dezembro de 2025, às 9h, no Fórum da Comarca de Açucena, a sessão do Tribunal do Júri para o julgamento de Clayton dos Santos Emílio, 29 anos, denunciado pela prática de homicídio qualificado consumado contra Cairom Ferreira Soares, de 33 anos, crime esse noticiado à época pelo Diário do Aço.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, o crime ocorreu em 17 de junho de 2023, por volta das 19h20, em uma barbearia situada na avenida José Martins Morais Júnior, Centro, em Naque.

Na ocasião, Clayton, então com 26 anos, teria agido a mando de terceiro, surpreendendo a vítima enquanto ela cortava o cabelo. Ele efetuou diversos disparos de arma de fogo, atingindo Cairom na cabeça, no braço e na região subescapular esquerda. A vítima morreu ainda no local.

As investigações indicaram que Clayton havia sido contratado para executar o homicídio, sendo conhecido na região por atuar como matador de aluguel. Após identificar a presença da vítima na barbearia, ele chegou ao local em uma motocicleta, estacionou rapidamente, retirou o capacete e entrou no estabelecimento já com a arma em mãos, realizando os disparos sem permitir qualquer chance de defesa. Em seguida, fugiu do local, mas acabou sendo preso em flagrante pela Polícia Militar em sua residência.

O Ministério Público denunciou Clayton pelo crime de homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, emprego de meio que resultou em perigo comum e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia também considerou a agravante da reincidência, já que Clayton tem condenação anterior por homicídio qualificado tentado.

Encarcerado
Clayton foi preso inicialmente em 17 de abril de 2024, no contexto de outro processo. Posteriormente, em 15 de junho de 2024, teve o mandado de prisão preventiva cumprido no caso envolvendo Cairom Ferreira Soares, e permanece encarcerado desde então. Caso condenado pelo Tribunal do Júri, poderá cumprir pena de 12 a 30 anos de reclusão, explica o promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, que atuará no Tribunal do Júri.

Outra condenação em um caso cruel

Clayton dos Santos tem outra condenação por homicídio qualificado, proferida pela Comarca de Inhapim, conforme publicado pelo Diário do Aço. Nesse processo, Clayton foi sentenciado a 24 anos de reclusão pelo assassinato de Eraldo da Silveira. Consta na sentença de agosto deste ano, que ele chegou ao estabelecimento comercial - um açougue - conduzindo uma motocicleta, desembarcou rapidamente e, já armado, adentrou o local em busca de seu alvo.

No interior do comércio, o assassino encontrou Eraldo, que havia tentado se refugiar no ambiente após correr. Ficou constatado nas investigações que a vítima, confundida com o alvo dos atiradores, não tinha nada a ver com o caso. “Era um pai de família, pessoa religiosa e sem qualquer envolvimento com a criminalidade. Foi rendido, colocado de joelhos e chegou a implorar por sua vida. A ação foi praticada em plena luz do dia, causando pânico entre comerciantes e clientes e expondo terceiros a risco”, relatou o MPMG na época.