10 de dezembro, de 2025 | 15:50
Acordo leva ''botão do pânico'' a vítimas de violência em Minas
Cecília Pederzoli/TJMG
Termo firmado pelo TJMG favorece proteção de mulheres cujos agressores são monitorados por tornozeleira eletrônica
Termo firmado pelo TJMG favorece proteção de mulheres cujos agressores são monitorados por tornozeleira eletrônicaA tornozeleira eletrônica no agressor e o dispositivo de rastreamento portátil nas mãos da mulher criam um perímetro virtual de proteção que pode significar a diferença exata entre um novo ciclo de violência e a preservação da vida”.
A afirmação é da superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto, durante a solenidade de assinatura de Acordo de Cooperação Técnica (ACT), para agilizar a distribuição de unidades portáteis de rastreamento (UPR), conhecidas como botão do pânico”, a vítimas de violência doméstica.
O evento ocorreu nesta terça-feira (9), na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O ACT envolve o TJMG, o MPMG, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social (Sedese) e de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Como funciona
A diretora de Gestão e Monitoramento Eletrônico da Sejusp, Dênia Samione Bispo Alves. demonstrou o uso do botão do pânico” e apresentou as funcionalidades do equipamento, do tamanho de um pequeno celular, que é espelhado em relação à tornozeleira eletrônica do agressor. Quando os equipamentos se aproximam, ficando a uma distância inferior à fixada pela Justiça, a central de monitoramento é acionada.
A UPR acende luzes, vibra e emite sons, além de enviar mensagem para o celular da mulher, para saber se precisa de ajuda. Em caso de emergência, a vítima pode clicar no dispositivo para acionar imediatamente a central. Como o equipamento possui sistema de GPS, uma viatura pode ser encaminhada ao local.
Hoje, em todo o Estado, há 10,4 mil tornozeleiras eletrônicas em operação. Somente em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, são 4,5 mil indivíduos monitorados, sendo 1,8 mil referentes à violência doméstica.
Há uma discrepância entre os números de agressores com tornozeleiras e mulheres com as unidades portáteis de rastreamento (UPR). Isso se dá por inúmeros fatores, como a falta de conhecimento da ferramenta, tão útil para a proteção das vítimas”, afirmou Dênia.
É um equipamento muito leve, simples, que pode salvar uma vida. É importante que essas mulheres saibam que, para fazer a retirada [pegar a UPR], não é necessário agendamento prévio. É mais uma forma de se proteger”.
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