11 de dezembro, de 2025 | 16:17
Governo quer novos usos para edifícios históricos em Minas
Daniel Silva
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas: Paragens de Minas busca impulsionar a preservação do patrimônio e o turismo
O estado Minas Gerais dá um passo decisivo na valorização do seu patrimônio histórico e cultural ao adotar o programa Paragens de Minas”, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo em parceria com o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Invest Minas, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Cemig. O lançamento foi realizado no dia 2 de dezembro, data comemorativa do aniversário de Minas Gerais.
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas: Paragens de Minas busca impulsionar a preservação do patrimônio e o turismoO projeto propõe devolver vida, uso social e vocação turística a edifícios históricos, preservando sua memória enquanto os reintegra ao cotidiano das cidades mineiras. O Paragens de Minas transforma edifícios históricos em espaços de convivência, criação e desenvolvimento. Ao devolvermos vida a esses imóveis, fortalecemos nossa identidade e criamos novos caminhos para o turismo, para o emprego e para o orgulho mineiro”, ressaltou a secretária de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Bárbara Botega.
Patrimônio vivo
Inspirado em referências de sucesso, o programa integra a lógica de preservação cultural com o desenvolvimento econômico e territorial. O projeto envolve desde a identificação de imóveis históricos subutilizados até a elaboração de modelagens que viabilizem a sua requalificação, a atração de investidores e a abertura ao público.
A Invest Minas atuará por meio da plataforma Invest Minas Tur, a qual conecta investidores a oportunidades de negócio no setor de turismo no estado, estimulando o surgimento de hotéis, espaços culturais e empreendimentos sustentáveis. A transformação do antigo imóvel abandonado em Ouro Preto na unidade Vila Galé Collection, hoje um hotel de padrão internacional, é o caso emblemático que inspira a expansão do modelo planejado.
Com o Paragens de Minas e a Invest Minas Tur, estamos estruturando um novo ciclo de oportunidades: patrimônio vivo, desenvolvimento territorial e turismo como motor permanente de geração de renda e orgulho para Minas”, ressaltou a gerente de Bens de Consumo, Comércio, Serviços, Ciências da Vida e Softwares da Invest Minas, Larissa Batista.
Cesar Tropia/Secult-MG
O programa foi lançado no dia do aniversário de Minas Gerais, em 2 de dezembro
Durante o lançamento do programa, o Grupo Dez Pras Oito, de Congonhas, homenageou o legado cultural do estado por meio de uma cena em que Aleijadinho, um dos maiores escultores brasileiros, reflete sobre o sentido da sua obra-prima, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
O programa foi lançado no dia do aniversário de Minas Gerais, em 2 de dezembroInvestimentos
No evento, também, a Cemig lançou um edital que disponibiliza R$ 15 milhões para restauração de bens tombados e de salvaguarda de acervos históricos. As inscrições prosseguem abertas até 12 de março, no site da companhia.
O edital contempla projetos inscritos e aprovados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e prevê apoio financeiro entre R$ 200 mil e R$ 950 mil por proposta. São elegíveis iniciativas diversas, desde restauro arquitetônico até ações como catalogação, higienização, acondicionamento e gerenciamento ambiental de acervos, além de melhorias de infraestrutura, segurança e visitação pública.
Não nos restringimos apenas ao patrimônio arquitetônico, mas também a iniciativas que contribuam para a conservação e manutenção do patrimônio cultural como um todo”, acrescentou a gerente de comunicação da Cemig, Hannah Drummond.
Soma-se a esse recurso, linhas de crédito do BDMG, que apoiarão iniciativas de requalificação e empreendimentos instalados nos edifícios revitalizados. O Iepha-MG, por meio do programa ICMS Patrimônio Cultural, também estimula municípios a fortalecerem suas políticas locais de preservação, uso e dinamização dos bens culturais.
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