16 de dezembro, de 2025 | 08:45

RMVA ultrapassa os 2.600 casos de dengue em 2025

Divulgação/Prefeitura de Coronel Fabriciano
A maioria dos criadouros do mosquito está localizada dentro das residências, em recipientes que acumulam água parada A maioria dos criadouros do mosquito está localizada dentro das residências, em recipientes que acumulam água parada

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

Com a chegada do período chuvoso, o sinal de alerta para as arboviroses torna-se mais intenso. Até esta segunda-feira (15), foram notificados 2.614 casos de dengue na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), e confirmados 2.472.

Os dados constam no Painel de Monitoramento administrado e atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Até o momento, não houve nenhum óbito pela doença causada pelo mosquito Aedes aegypti.

O quarto Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) do ano em Ipatinga, por exemplo, divulgado em meados de outubro, registrou um índice médio de 3% de infestação, o que levou a Secretaria de Saúde a emitir um alerta de risco para dengue, zika e chikungunya, recomendando cuidados extras contra o mosquito. O índice preconizado pelo Ministério da Saúde é de até 1%.

Ipatinga concentra a maioria dos casos, com 1.462 notificações e 1.429 confirmados. A taxa de incidência, frequência de novos casos da doença em uma população específica durante um certo período, é considerada muito alta pela SES-MG.

Também com incidência muito alta, Coronel Fabriciano computou 802 casos prováveis e 705 confirmados de dengue. Santana do Paraíso 164 notificações e 158 confirmações da doença no município, além de uma incidência alta. Por fim, Timóteo tem incidência classificada como média e registrou 186 notificações de dengue, sendo confirmadas até o momento 180 casos.

Chikungunya
Em relação à chikungunya, foram contadas duas mortes: Coronel Fabriciano e Ipatinga. Por outro lado, os casos são menos que dengue, com 911 casos prováveis e 860 confirmados.

Mais uma vez, Ipatinga é a cidade que detém o maior número de registros, com 416 notificações, e 408 já confirmados. Fabriciano, o segundo maior município da RMVA, tem 362 notificações e 322 casos da doença já confirmados. Timóteo confirmou 90 casos, dentre 92 prováveis. E Santana do Paraíso aparece com 41 notificações e 40 casos confirmados.

Principais focos encontrados
Os governos municipais afirmam que o LIRAa mostra que a maioria dos criadouros do mosquito está localizada dentro das residências, em recipientes que acumulam água parada: vasos de flores, tanques, piscinas, ralos, caixas d’água, frascos com água, garrafas vazias, lixo, balde e vaso sanitário.

Neste cenário, sobretudo, próximo ao início do período chuvoso, a conscientização da população sobre as arboviroses, seus sintomas e medidas preventivas é fundamental para reduzir a propagação das doenças e minimizar os impactos na saúde pública.

Como combater o mosquito transmissor das doenças

Mantenha lixeiras sempre tampadas.

Deixe o quintal sem lixo e entulhos e coloque garrafas e baldes de cabeça para baixo.

Mantenha reservatórios de água do ar-condicionado, geladeira e umidificador secos e vazios.

Os ralos devem estar limpos e protegidos por tela.

Não use pratinhos que acumulam água sob os vasos de planta.

Os bebedouros dos animais devem ser limpos com bucha ou escova semanalmente.

Mantenha as canaletas e calhas desobstruídas para não acumularem água com a chegada das chuvas.

Faça manutenção periódica de piscinas e caixas d’água.

Coloque plantas que acumulam água em local coberto.

Deixe lonas bem esticadas, evitando a formação de poças d’água.
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