21 de dezembro, de 2025 | 06:00

Novo comandante

Fernando Rocha

A diretoria do Cruzeiro trabalhou rápido e definiu Adenor Bachi, o Tite, como substituto de Leonardo Jardim no comando técnico do time para a temporada de 2026.

Não houve novela para a contratação, sobretudo porque as partes já vinham negociando, em sigilo absoluto, desde que a SAF celeste entendeu que as chances do português continuar à frente da equipe eram remotas.

A partir desta definição, várias mudanças no elenco são aguardadas para a temporada 2026, sendo que três atletas já puxaram a fila: o jovem zagueiro paraguaio Gamarra, o volante Eduardo e o atacante Bolasie.

Sem ambiente no clube, depois da perda do pênalti contra o Corinthians que custou a eliminação na Copa do Brasil, além de ser desafeto declarado do novo treinador, Gabriel Barbosa, o Gabigol, pode ser o próximo a sair.

O Cruzeiro estreia no Campeonato Mineiro, no dia 10 de janeiro, enfrentando o Pouso Alegre, no Mineirão; pelo Campeonato Brasileiro, a Raposa inicia a temporada diante do Botafogo, fora de casa, no fim do próximo mês.

Mudanças à vista
No Atlético foram feitas muitas mudanças na parte administrativa interna, mas em relação a reforços para a próxima temporada não há novidades.

Com relação a saídas, se concretizaram algumas já esperadas: os laterais Saravia e Caio Paulista, o zagueiro Bruno Fucks e o volante Fausto Vera não ficam para 2026.

As maiores dúvidas quanto à permanência ficam por conta de Gustavo Scarpa e Hulk, sendo o primeiro por não cair nas graças do treinador Sampaoli.

Mas a informação que mais interessa à torcida alvinegra foi passada pelo maior acionista da SAF, Rubens Menin, em entrevista à jornalista Helenice Laguardia, do Minas S.A., onde revela que fará um aporte de cerca de R$ 500 milhões para pagar a “divida ruim”, que gera juros altíssimos e sufoca o fluxo de caixa do clube.

Como ele tem bala na agulha, não há porque duvidar desse movimento aguardado ansiosamente pela torcida, que tem passado vergonha com a divulgação de calotes praticados pelo SAF do clube no mercado, onde está rotulado e ostenta a pecha de “mau pagador”.

FIM DE PAPO

Assim que o interesse por Tite foi admitido pelo clube, uma parte significativa da torcida cruzeirense protestou nas redes sociais contra a sua contratação. Tite se desgastou muito nos sete anos em que esteve à frente da seleção, onde ganhou apenas a Copa América, foi até bem nas eliminatórias e amargou duas eliminações, para Bélgica e Croácia, em duas Copas do Mundo. Por último, não deu certo no Flamengo à frente de um elenco milionário.

Se der certo no Cruzeiro, Tite pode repetir uma história semelhante ocorrida em dezembro de 2012 quando o então presidente Gilvan de Pinho Tavares surpreendeu ao anunciar a contratação de Marcelo Oliveira, ex-jogador e ex-técnico do maior rival para substituir Celso Roth, no comando da equipe celeste. As torcidas organizadas foram para frente do portão de entrada da Toca 2 e rejeitaram a escolha da direção do clube, que não voltou atrás e manteve o treinador.

Marcelo Oliveira assumiu sob uma enorme desconfiança da China Azul, mas vieram os bons resultados e seu trabalho se impôs, vencendo as resistências. Dessa parceria improvável saíram duas conquistas consecutivas dos Campeonatos Brasileiros, em 2013 e 2014. Por isso, como dizia o saudoso jornalista e radialista Flávio Anselmo, “vou guardar a minha boca pra comer a farinha depois”. Adenor Bachi, o Tite, hoje com 64 anos, tem ainda muita lenha para queimar e um currículo que o credencia a fazer história no Cabuloso.

Quero aproveitar e agradecer aos nossos leitores e apoiadores Maurício Mayrink, do Instituto Mayrink, e Márcio Pena, da Casa Ruralista/Centro; aos colegas da redação e aos diretores do Diário do Aço, Waldecy Castro e Valter Oliveira, por mais um ano de confiança em nosso trabalho. Vamos sair para um período de férias e a coluna estará de volta em 25/1/2026. Boas festas e um feliz Ano-Novo!(Fecha o pano!)

Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário