20 de dezembro, de 2025 | 09:00
Ipatinga perde posição no ranking do PIB e sai do grupo das 100 cidades mais ricas do país
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2022 e 2023, divulgados sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma retração da economia de Ipatinga e a perda de posição no ranking nacional e estadual de riqueza.
Em 2022, Ipatinga foi a 79ª cidade mais rica do Brasil, com PIB avaliado em R$ 18.957.035 bilhões e participação de 0,19% na economia nacional. No recorte estadual, o município ficou atrás apenas de Belo Horizonte, Uberlândia, Betim, Contagem, Uberaba e Juiz de Fora.
Já em 2023, o PIB de Ipatinga caiu para R$ 16.870.239 bilhões, o que tirou a cidade do grupo das 100 maiores economias do país; hoje, a cidade ocupa a 102ª posição, atrás de Cabro Frio/RJ, na 101ª e Foz do Iguaçu/PR, na 100ª. Em Minas Gerais, o município passou a ocupar a 8ª posição, sendo superado por Extrema, no Sul do estado, que saiu de R$ 17,5 bi em 2022, para R$ 20,2 bi em 2023.
Entre os municípios mineiros com maior PIB em 2023 estão Belo Horizonte, com R$ 130.197.671 bilhões; Betim, com R$ 52,6 bilhões; Uberlândia, com R$ 51 bilhões; Contagem, com R$ 45 bilhões; Uberaba, com R$ 23,6 bilhões; e Juiz de Fora, com R$ 21,8 bilhões.
Conforme o IBGE, Ipatinga aparece como a 11ª cidade com maiores perdas relativas de participação no PIB, com variação negativa de 0,03 ponto percentual entre os dois anos analisados. O ranking é liderado por Maricá (RJ), Niterói (RJ), Saquarema (RJ), Ilhabela (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ).
Recuo
Comparando apenas nível estaduall, a cidade ipatinguense foi a que teve maior recuo de 2022 para 2023. Timóteo foi a 5ª cidade mineira que mais perdeu participação no PIB estadual, visto que representava 0,6% do PIB em 2022 e 0,48% em 2023, uma queda de 0,12%.
O resultado de 2023 está vinculado a questões conjunturais específicas. O ganho de participação das capitais está diretamente atrelado a perdas de municípios que não são capitais, vinculados, sobretudo, à extração de petróleo. Esse comportamento desacelerou o processo de desconcentração econômica”, esclarece o analista de Contas Regionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá.
Segundo o IBGE, o recuo nos preços do petróleo e do minério de ferro reduziu a participação no PIB de municípios mais dependentes da indústria extrativa em 2023. No grupo de cinco cidades com perdas mais intensas, todas têm economias ligadas à exploração de petróleo, com destaque para Maricá, que registrou queda de 0,3 ponto percentual.
Timóteo é destaque na RMVA
Na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), Timóteo foi o segundo município melhor colocado em 2023, com o 33º maior PIB de Minas Gerais, avaliado em R$ 4,6 bilhões. Em 2022, o valor havia sido de R$ 5,4 bilhões, indicando variação negativa.
Coronel Fabriciano apresentou crescimento, passando de R$ 2,1 bilhões em 2022 para R$ 2,3 bilhões em 2023, o que colocou o município na 74ª posição estadual. Santana do Paraíso também registrou alta, com PIB de R$ 1,2 bilhão em 2023, ante R$ 1,1 bilhão no ano anterior, alcançando a 118ª colocação.
No Colar Metropolitano do Vale do Aço, Belo Oriente teve PIB de R$ 2,5 bilhões em 2022 e R$ 2,3 bilhões em 2023, sendo ultrapassado por Coronel Fabriciano e ocupando a 76ª posição em Minas. Caratinga foi destaque positivo, com crescimento contínuo, saindo de R$ 2,6 bilhões para R$ 2,8 bilhões no período, ocupando o 58º lugar no estado.
PIB estadual concentrado
Os 25 mineiros com maiores participações no PIB a preços correntes do estado juntos, somaram mais da metade (53,8%) do PIB de Minas. Apenas um município da Mesorregião Norte de Minas integra o ranking: Montes Claros (11ª colocação), com participação de 1,4%.
Comparativo
Em 2021, Ipatinga figurava como a 8ª cidade mais rica de Minas Gerais e integrava a lista das 100 maiores economias do Brasil. Naquele ano, o PIB do município foi de R$ 17,6 bilhões, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, Betim, Nova Lima, Uberaba e Juiz de Fora.
No ranking nacional, Ipatinga aparecia na 77ª posição. Além dela, outros oito municípios mineiros figuravam entre os 100 maiores PIB do país.
Naquele mesmo ano, Timóteo ocupava a 29ª posição estadual, Coronel Fabriciano a 74ª e Santana do Paraíso a 149ª. Caratinga e Belo Oriente também apareciam entre os destaques regionais, enquanto Pingo-dÁgua, Bugre e Córrego Novo figuravam entre os municípios menos ricos da região.
Notícias relacionadas
-Contribuição da Usiminas para o PIB de Ipatinga
-Ipatinga é o 95º PIB do Brasil e o 4º PIB do Interior de Minas Gerais
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]



















