24 de dezembro, de 2025 | 15:34

Prepare o bolso: Conta de água e esgoto da Copasa terá aumento médio de 6,56% a partir de janeiro de 2026

Depois do anúncio da tabela de vencimentos do IPVA 2026, os consumidores mineiros terão outro impacto no orçamento logo no começo do Ano Novo.

As tarifas de água e esgotamento sanitário da Copasa terão aumento médio de 6,56% a partir de 22 de janeiro de 2026. A alteração foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais de terça-feira (23/12) e integra a 3ª Revisão Tarifária Periódica da companhia, feita pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG).

Segundo a agência, a revisão periódica se diferencia do reajuste anual, que corrige os valores apenas pela inflação. Nesse processo, há uma reavaliação completa da prestação dos serviços, com reconstrução da tarifa para que a receita cubra os custos operacionais, permita investimentos e assegure a sustentabilidade financeira da empresa.

De acordo com a Arsae-MG, cada consumidor poderá perceber variações diferentes na fatura. “Em função das alterações na estrutura tarifária, cada usuário perceberá uma alteração específica, a depender de fatores como serviço prestado e perfil de consumo”, informou a agência em nota. O órgão regulador destacou ainda que o processo busca equilibrar sustentabilidade financeira, eficiência operacional e justiça tarifária, considerando custos eficientes, investimentos necessários e o desempenho da companhia.

A nova tabela tarifária foi publicada na mesma edição do Diário Oficial em que o governador Romeu Zema (Novo) sancionou a lei que autoriza a privatização da Copasa. A revisão contou com participação social, por meio de cinco consultas e audiências públicas feitas entre maio de 2024 e outubro de 2025. As revisões anteriores ocorreram em 2017 e 2021.

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Revisão tarifária e impactos na fatura

A Arsae-MG explicou que a revisão periódica não representa apenas um aumento linear nas contas. O modelo faz ajustes na estrutura tarifária, o que pode gerar impactos distintos entre os usuários. A agência ressaltou que os critérios foram amplamente debatidos por técnicos e representantes da sociedade civil ao longo do processo.

Mudanças na Tarifa Social e desconto para instituições

A revisão trouxe alterações na aplicação da Tarifa Social em Minas Gerais, considerando diferentes níveis de vulnerabilidade social. O benefício passou a ser dividido em duas categorias, Social I e Social II, para atender famílias cadastradas no CadÚnico conforme o grau de vulnerabilidade.

Também foi retirada a limitação que restringia o desconto ao consumo de até 20 metros cúbicos. Com isso, todo o volume consumido pelos usuários contemplados passa a receber o benefício, o que, segundo a Arsae-MG, favorece especialmente famílias maiores.

Além disso, a revisão estendeu o caráter social das tarifas a instituições que prestam serviços essenciais. Hospitais públicos e entidades filantrópicas enquadradas no Programa de Subvenção Social passam a contar com desconto de 50% nas tarifas de água e esgotamento sanitário.

Na semana passada, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) autorizou o governo estadual a vender a Copasa. A proposta virou lei nesta terça-feira, com a sanção do governador. No mesmo dia, houve mudança na presidência da companhia. Fernando Passalia deixou o cargo, ocupado desde março deste ano, e Marília Melo, então secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, assumiu a função.

Conforme o governo de Minas, a troca ocorreu para que Marília Melo, especialista em água e saneamento, conduza o processo de privatização da Copasa. Durante as discussões sobre a desestatização na Assembleia, parlamentares questionaram possíveis impactos nas tarifas. O governador e deputados da base governista afirmaram que a venda da companhia não implica, por si só, aumento no valor pago pelos clientes.

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