24 de junho, de 2021 | 14:18

Turno emergencial da Usiminas é renovado

A prorrogação do turno emergencial da Usiminas foi aprovada pelos trabalhadores, em assembleia ocorrida de forma on-line, no site do Sindicato dos Trabalhadores dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa). Dentre os empregados da empresa e terceirizados, mais de 90% disseram sim para a continuidade da jornada de 12 horas até o dia 31 de dezembro deste ano. Os votos foram enviados via internet ao longo da última quarta-feira (23), entre 7h e 23h59, e o resultado foi divulgado ao Diário do Aço após o término da assembleia.

O turno precisou ser apreciado uma vez que o acordo atual termina no fim deste mês. Conforme divulgou o sindicato, na semana passada ocorreram reuniões para discutir a proposta de prorrogação do acordo. Depois da reunião com os representantes da Usiminas e das empreiteiras, no dia 17 de junho houve audiência com o Ministério Público do trabalho.

O modelo em vigor, com folgas maiores, foi adotado no mês de março de 2021, em razão da pandemia da covid-19. A intenção era a de reduzir a circulação de trabalhadores nas áreas, numa época em que a vacinação era ainda mais escassa. Atualmente, a imunização está estacionada em grupos de risco e faixas etárias na casa dos 50 anos. A grande maioria dos trabalhadores brasileiros em fase produtiva não está vacinada, seguindo a lógica estabelecida no Plano Nacional de Imunização. Já a jornada de 12 horas foi implementada em 2020, inicialmente como emergencial.

Ainda conforme o Sindipa, seu trabalho sempre foi de garantir um turno que combatesse jornadas pesadas e, durante a pandemia, a proposta desde o início foi a suspensão de todas as atividades não essenciais nesse momento, com a devida estabilidade no emprego de todos os trabalhadores.

Jornada

A proposta que os trabalhadores aprovaram é de um turno de 12 horas, sendo dois dias trabalhados das 7h às 19h, dois dias das 19h às 7h e na sequência dois dias de folga; no retorno da folga mais quatro dias trabalhados e seis dias de folga.

Até o ano passado, antes das mudanças implantadas e que vigoram até hoje, os empregados trabalhavam seis dias de 7h as 15h, três 15h às 23h e três dias de zero hora - que é o período de 23h as 7h -, com folgas entre eles e no máximo dois dias inteiros de duração. Ao que tudo indica, o período ampliado de folga praticado nos dias atuais agradou a categoria, que optou pela prorrogação.