01 de fevereiro, de 2022 | 07:00

Passou por cima

Fernando Rocha

O Galo usou praticamente sua força máxima e, por conta disso, passou como um trator por cima do Tombense, que vai disputar este ano a Série B nacional e tem uma boa equipe.

O técnico “Turco” Mohamed começa a cumprir uma promessa feita na sua primeira entrevista, quando afirmou que manteria o estilo de jogo que fez do Atlético um time vencedor nos últimos anos, sob o comando de Jorge Sampaoli e, depois, com o técnico Cuca.

O Galo foi intenso, dominou o adversário completamente e, se valendo da melhor técnica e qualidade dos seus jogadores, se impôs na partida obtendo uma vitória incontestável de 3 x 0, que poderia ter sido por um placar ainda mais dilatado.

A volta de Hulk ao comando do ataque faz uma enorme diferença, mas é preciso ressaltar que todo o restante do time foi muito bem, merecendo elogios.

Mas, o torcedor e o próprio “Turco” Mohamed estão ligados mesmo é na decisão da Supercopa contra o Flamengo, dia 20 próximo, pois todos sabem o que uma vitória sobre o rival rubro-negro poderá significar no restante da temporada.

Sem moleza

Como já era esperado, o Cruzeiro não encontrou moleza em São João del-Rei, pois. além do calor do meio-dia e do gramado péssimo, encontrou pela frente um adversário aguerrido, motivado pela vitória na estreia fora de casa.

O time comandado pelo técnico uruguaio Paulo Pezzolano, à exemplo da estreia contra a URT, mostrou organização e eficiência suficientes para obter a vitória de 1 x 0, gol de Bruno José no começo do 2º tempo.

Nesta fase da equipe celeste, vencer é muito importante, ainda mais fora de casa, por isso este segundo resultado positivo consecutivo na competição merece ser comemorado pelos jogadores, pela comissão técnica e pela torcida.
Agora, o foco muda para o clássico contra o América, nesta quarta-feira, 21h30, no Mineirão, sem dúvida a primeira prova de fogo, um vestibular para muitos jogadores e o técnico Paulo Pezzolano.

FIM DE PAPO

A 2ª rodada do Campeonato Mineiro não teve surpresas, pois os três “grandes” da capital venceram. No interior, o melhor time, a Caldense, obteve fora de casa a segunda vitória, 3 x 1, na pior equipe, URT de Patos de Minas. Os quatro primeiros são Cruzeiro e Caldense dividindo a primeira colocação com 6 pontos ganhos, Galo em 3º com 4 pg; em 4º, com 3 pg, América, Athletic e Uberlândia. Seriam rebaixados à segunda divisão, Tombense e URT, mas é claro que tem muita água ainda para passar debaixo da ponte.

Se já não tiver caído, o técnico da URT, Welington Fajardo, tornou-se um sério candidato a ficar desempregado. No intervalo do jogo de sua equipe, que perdia de 2 x 0 para a Caldense, Fajardo queimou as cinco substituições de uma só vez. A URT até reagiu e diminuiu para 2 x 1, mas aos 40 minutos deu azar, pois o seu goleiro foi expulso, obrigando um atacante a ir para debaixo das traves, o que resultou no terceiro gol e na vitória da “Veterana”.

Tivesse um ou dois atacantes de melhor qualidade, o Democrata/GV poderia ter vencido o América, um time apático, sem brilho, sobretudo, no 1º tempo. O placar de 2 a 0 para o Coelho não refletiu o que foi a partida, pois a Pantera desperdiçou várias chances claras antes de sofrer o primeiro gol. Como tudo no Coelho, merece uma análise científica o que tem feito este Marquinhos Santos, técnico do América, que não foi a Poços de Caldas dirigir o time na derrota para a Caldense e, no último domingo, ficou no banco de reservas, mas deixou o seu auxiliar no comando da equipe. Com isso, ganhou até um apelido bem sugestivo: técnico “home office”.

Sobre definir a seleção da CBF, Tite e Neymar, que por estar contundido não joga este amistoso de luxo contra o Paraguai, hoje, no Mineirão, faço minhas as palavras da colunista do “Uol”, Marluci Martins: “Amorfa, confusa, desinteressante, desmazelada, displicente, enfadonha, improdutiva, incompetente, inconsistente, ineficaz, letárgica, mambembe, patética, taciturna”. (Fecha o pano!)