25 de agosto, de 2022 | 10:34

Operação da PC em Fabriciano mira grupo que lucrou mais de R$ 5 milhões com fraude em fretes dos Correios

A operação conta com o apoio das polícias civis dos cinco estados

Divulgação PC
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em cidades de cinco estados, dentre elas, Coronel FabricianoOs agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em cidades de cinco estados, dentre elas, Coronel Fabriciano

Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a operação Tracking (rastreamento em inglês) nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás e Minas Gerais, nas cidades de Belo Horizonte, Campo Belo e Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. A operação conta com o apoio das polícias civis dos cinco estados, cujos mais de 40 agentes cumprem nove mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

A operação tem como alvo um grupo criminoso suspeito de causar prejuízo de cerca de R$ 5 milhões em plataformas de comércio eletrônico ao fraudar frete dos Correios.

Em Coronel Fabriciano, uma mulher de 27 anos foi presa no bairro Sylvio Pereira II, em virtude da ordem judicial expedida pela Vara Criminal do DF, sendo encaminhada para o Sistema Prisional de Minas Gerias para ficar à disposição da Justiça.

Esquema
Conforme a investigação, os golpes eram aplicados desde 2018, e os criminosos miravam empresas de compras on-line. Para atrair clientes, essas lojas virtuais ofertavam frete grátis no envio das compras. Para tanto, arcavam com os custos da postagem.

Os suspeitos se cadastravam como vendedores, com dados falsos, nas plataformas de comércio eletrônico. Depois, geravam códigos de postagem como se fossem realizar a venda de produtos.

Porém, ao invés de realizarem uma venda real, os suspeitos revendiam esse código a comerciantes, que postavam mercadorias mais pesadas e, portanto, com fretes mais caros do que as originais. Pelo serviço, eram cobrados valores entre R$ 100 e R$ 150.

Conforme as investigações, devido à diferença dos preços do frete, os Correios cobravam o valor excedente das plataformas de comércio vítimas do grupo criminoso. Quando essas empresas repassavam os valores para os falsos vendedores, descobriam que os dados não eram verdadeiros e precisavam arcar com os prejuízos.

Os suspeitos do crime podem responder por estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa. Já os comerciantes que compravam as etiquetas geradas de forma fraudulenta podem ser responsabilizados pelo crime de receptação.
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