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14 de outubro, de 2022 | 14:58

Operação Quebra Ossos prende dois por desvio de dinheiro do orçamento secreto

Divulgação
Operação desarticula grupo criminoso que inseria dados falsos em sistemas do SUS para receber repasses federais do orçamento da União Operação desarticula grupo criminoso que inseria dados falsos em sistemas do SUS para receber repasses federais do orçamento da União

Uma operação da Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira duas pessoas em uma operação que investiga suposto esquema para desvio de verbas oriundas de emendas parlamentares, no âmbito do chamado “orçamento secreto”.

Chamada de Quebra Ossos, a operação visa a desarticular grupo criminoso que inseria dados falsos em sistemas do SUS para receber repasses federais. O nome da operação é Quebra Ossos, referência a um dos tipos de exames fantasmas registrados pelas prefeituras.

Conforme nota divulgada pela PF foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Caxias, Igarapé Grande, Lago dos Rodrigues, Lago do Junco e Timon, todas no Maranhão. Além de Parnaíba e Teresina, no Piauí.

A Polícia Federal revelou que, só em 2020, Igarapé Grande realizou 12,7 mil radiografias de dedo, número maior do que o da população da cidade — de 11,5 mil habitantes. A alta demanda de procedimentos resultou em verbas maiores para a saúde do município no ano seguinte, por meio de emendas parlamentares.

Segundo a PF, os dois presos são suspeitos de inserir dados falsos no SUS para desviar dinheiro público. A Controladoria-Geral da União apurou que um dos presos não tinha vínculo formal com a cidade de Igarapé Grande, no Maranhão, principal alvo de desvios, mas tinha o aval da Secretaria de Saúde para fazer lançamentos de dados de procedimentos em seus sistemas.

O chamado Orçamento Secreto deve contar com R$ 19,4 bilhões em 2023, segundo a proposta de lei orçamentária encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso. Os recursos são enviados por parlamentares para gastos em seus municípios, redutos eleitorais.

Os recursos do chamado Orçamento Secreto são chamados oficialmente de “emendas do relator” porque é o parlamentar que relata a lei orçamentária que controla formalmente a distribuição desses recursos no ano seguinte.

A destinação dos recursos, porém, é definida a partir da negociação com o Palácio do Planalto e outras lideranças do Congresso, em especial os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Uma crítica recorrente a esse processo é que não há transparência sobre qual parlamentar solicitou quais recursos para qual finalidade e quais pedidos foram atendidos ou não.

A senadora Simone Tebet já havia feito uma denúncia a respeito do orçamento, quando alertou sobre indícios de desvios, que agora são comprovados pela PF:

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Comentários

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Bom

14 de outubro, 2022 | 22:21

“Bolsonaro é incorrompível né, imbroxavel (autor de palavras novas).
É deve ser uma pessoa de Deus.
Mas pra mim é do capeta, com tanta mentira naquela cara véia.
Deus nos livre dessa família.
Se ganhar irão virar ditadores,aí nósvamos ver o que é sofrer.
ESSE CARA É IGUAL FHC, QUE DEU INÍCIO AO FIM DO BRASIL E BOLSONARO IRA TERMINAR DE FAZER A CAGADA”

Antonio Dimas Guedes Otoni

14 de outubro, 2022 | 17:40

“Com orçamento secreto não tem corrupção. Quanta criatividade .”

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