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26 de fevereiro, de 2023 | 06:00

Grande decepção

Fernando Rocha

O Atlético jogou ontem no Mineirão o clássico contra o América, mas é o empate na última quarta-feira, 0 x 0 com o fraquíssimo Carabobo, da Venezuela, na estreia da pré-Libertadores, que continua repercutindo negativamente junto à torcida alvinegra.

As ideias táticas do técnico Eduardo Coudet não se encaixaram: o time tem jogadores atuando de costas para o gol adversário, é frágil na defesa, embolado do meio para frente, sem jogadas pelas beiradas de campo.

Coudet precisa rever alguns conceitos táticos de sua preferência, sobretudo, a tentativa de usar laterais como pontas, pois, com o que tem à disposição no elenco, não vai chegar a lugar nenhum.

O Galo é dependente de Hulk, sem ele torna-se uma equipe comum, sem poder de decisão, um corpo sem cabeça, que não consegue se impor para vencer com facilidade adversários mais fracos, seja do nosso estadual, muito menos as equipes ainda menores, como o Carabobo, da Venezuela.

Sinal de alerta
O Tigre volta a campo neste domingo, às 16h30, no Ipatingão, para enfrentar o bom time do Pouso Alegre, que também luta para conquistar vaga na semifinal.

A derrota de virada, sofrida na última quarta-feira, 3 x 2 para o Villa Nova, em Nova Lima, depois de estar vencendo por 2 x 1 até os 35 minutos do segundo tempo, foi desastrosa e bastante sentida.

O Tigre esteve à frente do placar até os 35 minutos do 2º tempo, mas não soube administrar o resultado, além da noite infeliz do goleiro Gabriel, que vinha sendo um dos destaques do time.

Com esta derrota, o Ipatinga continuou na lanterna do Grupo C, com 5 pontos ganhos, precisa vencer os três jogos que lhe restam e torcer por tropeços dos adversários, para sonhar com a classificação à semifinal, pelo menos, como o melhor segundo colocado.

FIM DE PAPO

O técnico Eduardo Coudet está querendo achar pelo em ovo, ao insistir com Mariano e Dodô na função de pontas. O primeiro não consegue realizar a função por razões físicas, impostas pela idade já avançada. O segundo, por suas limitações técnicas. O titular, Arana, que daria conta do recado, ainda vai demorar a voltar até recuperar-se de grave contusão no joelho. O setor de criação, também, caiu muito de nível devido às trocas mal feitas de Nacho Fernández e Jair por Edenilson e Patric, que estão muito abaixo dos dois titulares que deixaram o clube.

A procuradoria do STJD investiga cinco jogos das Séries B, C e D, em 2022, por suspeitas de manipulação de resultados com objetivo de ganho em apostas. Os inquéritos foram abertos após denúncias feitas pela CBF, com origem em monitoramento da agência Sportsradar, contratada para observar movimentos atípicos de apostas em sites. Esta agência identifica movimentos de apostas atípicas, analisa as partidas para verificar se houve lances suspeitos e manda um relatório para a CBF, que aciona o STJD para investigação. Os sites de apostas viraram febre no Brasil, apesar do jogo ser “proibido”, aproveitando brechas na legislação. Assim como as fake news precisam de regulamentação.

O Cruzeiro anunciou que irá jogar em Cariacica-ES, contra o Democrata-SL, no próximo sábado, pela última rodada da fase de classificação do estadual. Decepção para a enorme torcida celeste no Vale do Aço, que esperava ver o time de perto no Ipatingão, uma vez que o Ipatinga joga fora contra o Athletic. Se a decisão da SAF/Cruzeiro se baseou somente no lado financeiro, foi totalmente equivocada. Deveria ter estudado melhor os públicos de jogos do Cruzeiro nas últimas duas décadas no Ipatingão, que chegou a ser considerado a “segunda casa” da Raposa no início deste século.

Certamente, teria no Ipatingão um público de 20 mil pagantes, com ingressos ao preço médio de R$ 60, o que lhe renderia, aproximadamente, R$ 1 milhão líquido de bilheteria, algo que não vai conseguir jogando no Espírito Santo ou até mesmo no Independência. Poderia seguir o exemplo do América, que jogou aqui há uma semana e fez o trajeto de ida/volta por avião em voos regulares, que duram cerca de meia hora. Aqui, seria abraçado pela “China Azul”, ao invés de jogar para um estádio quase vazio no Espírito Santo, onde sua torcida tem pouca relevância e perde em tamanho para todas as demais dos times cariocas, cuja maioria é absoluta entre o povo capixaba. (Fecha o pano!)
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