28 de setembro, de 2021 | 10:00
Jornada Científica da Escola Educação Criativa chega à 21ª edição em Ipatinga
Com o objetivo de aproximar os alunos da ciência e incentivá-los a buscar conhecimento cada vez mais, foi realizada a XXI Jornada Científica da Escola Educação Criativa, em Ipatinga. O evento deste ano teve como tema Amigos da Ciência” e contou com a apresentação de trabalhos de alunos do 8º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e do 2º ano do Ensino Médio. Estudantes de outras turmas puderam comparecer e assistir à apresentação de cada projeto nos estandes montados dentro da unidade escolar, na manhã de sábado (25), localizada no bairro Cidade Nobre.A Jornada Científica faz parte do projeto político pedagógico da escola, voltada para proporcionar mais protagonismo ao estudante, possibilitando ampliação da visão empreendedora e do espírito de liderança. É um projeto tão acertado que fez com que o aluno da Educação Criativa não só fosse aceito, mas procurado dentro das universidades para desenvolver trabalhos extracurriculares, dentre eles, monitorias, apoio em laboratórios e, inclusive, aulas ministradas nas graduações.
Yago Cardoso
Lucas Costa informou que a jornada científica contou com 29 trabalhos, dentre eles, demonstrativos e científicos
Primeiro contato Lucas Costa informou que a jornada científica contou com 29 trabalhos, dentre eles, demonstrativos e científicos
O professor e orientador de projetos, Lucas Costa, informou que a jornada científica é o primeiro contato que o aluno tem com a ciência. O estudante tem que identificar uma necessidade, propor soluções e entender o que já foi feito sobre o mesmo tema estudado. No fim, quando o aluno vê o projeto do início, meio e fim, ele passa a entender melhor o que é ciência e que é preciso pessoas dispostas a contribuir nessa área, de maneira que seja possível dar passos para uma caminhada que leva a respostas melhores e a caminhos mais fáceis”, ressaltou.
Feiras de universidades
O professor Lucas Costa também explicou que na Jornada Científica os estudantes têm a oportunidade de levar seus trabalhos para serem apresentados nas feiras de universidades federais. Quando esses estudantes conseguem ir para esses eventos e ter o primeiro contato com a universidade, faz toda diferença para ele entrar no 3º ano do Ensino Médio mais motivado e sabendo como abordar melhor a busca pelo conhecimento”, afirmou.
Projetos
Conforme Lucas Costa, a XXI Jornada Científica da Escola Educação Criativa envolveu cerca de 300 alunos e 29 trabalhos, dos quais alguns são demonstrativos e outros científicos, tendo projeto e desenvolvimento. É uma feira que envolve muito nossa comunidade escolar. Além disso, nós recebemos avaliadores externos de outras instituições, que são pessoas que já passaram pela vida acadêmica, e avaliam os trabalhos apresentados. Depois que os avaliadores entregam seus relatórios, nós juntamos os dados, comparamos as notas e fazemos uma premiação. E para o próximo ano, no período que se aproxima a jornada, colocamos um banner com os campeões do ano anterior para motivar os alunos a fazer o melhor possível no seu próximo trabalho”.
Yago Cardoso
O avaliador externo Daniel Martins destacou que houve uma evolução dos trabalhos da jornada científica ao longo dos anos
Evolução O avaliador externo Daniel Martins destacou que houve uma evolução dos trabalhos da jornada científica ao longo dos anos
Para o avaliador externo e engenheiro agrícola, Daniel Martins, que acompanha os trabalhos apresentados na Jornada Científica há 15 anos, houve uma evolução ao longo desse tempo. Percebo que está subindo o nível de apresentação dos trabalhos. Isso é excelente, porque está acompanhando a própria evolução do meio acadêmico e o próprio desenvolvimento do mercado e das indústrias. A dedicação também da escola em trazer novas propostas é extremamente importante. Já tem uns 15 anos que participo da feira, desse modo, tenho percebido essa evolução sistemática dos trabalhos”, avaliou.
Alunos detalham seus projetos apresentados na Feira Científica
A aluna Gabriela Torres, de 14 anos, do 9ª ano do Ensino Fundamental, que participou da elaboração do projeto Agricultura: cultivo de moranga”, explicou sobre o trabalho. Nesse projeto nós realizamos o cultivo da moranga na escola e aprendemos muito sobre as características do alimento. Aprendemos que é de origem da Guiné e chegou ao Brasil no século XVI pelas mãos dos portugueses. Ela se desenvolve em solos ácidos que devem ser férteis irrigados. A colheita da moranga pode ocorrer de 85 a 150 dias após o plantio. E para saber se está na fase certa, basta observar se o estado dela está amarelo ou marrom”, explicou.
Yago Cardoso
Renan Costa explicou a importância da zooterapia para o desenvolvimento da fala e socialização de crianças
O aluno Renan Costa, de 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio, contou que o objetivo do seu trabalho, com o título Zooterapia e seus benefícios na saúde e educação”, visa uma maior divulgação sobre a zooterapia (ciência que estuda as possibilidades terapêuticas do contato com os animais), que é um tipo de terapia que têm, comprovadamente, diversos aspectos positivos, porém, não é tão discutida na sociedade. Eu achei bastante interessante esse trabalho, principalmente a questão de terem muitos benefícios por trás da zooterapia, que pode ser aplicada em todas as idades. Um dos benefícios está relacionado na melhora da fala e socialização de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e autismo. Portanto, pude realmente entender melhor sobre esse tema e torço para que se torne cada vez mais popular”, afirmou. Renan Costa explicou a importância da zooterapia para o desenvolvimento da fala e socialização de crianças
Yago Cardoso
Pedro Lagares destacou que se sente mais preparado para apresentar trabalhos em feiras científicas
Já o aluno Pedro Lagares, de 13 anos, do 8º ano do Ensino Fundamental, fez parte da elaboração do trabalho A Ordem é o Progresso: o Brasil de 1870 a 1910”, e relatou que foi bastante proveitoso. O trabalho teve como base um livro e visa mostrar que ao longo dos anos houve muitas mudanças em nosso país, incluindo o preconceito, que antigamente era muito maior do que na atualidade, principalmente, para pessoas negras. Dessa forma, eu achei muito interessante esse trabalho. Além disso, a escola está nos preparando para apresentar em feiras científicas de faculdades quando formos mais velhos. Eu mesmo já me sinto mais bem preparado”, pontuou.Pedro Lagares destacou que se sente mais preparado para apresentar trabalhos em feiras científicas
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