08 de novembro, de 2021 | 17:25
Inquérito conclui que policial agiu em legítima defesa em tentativa de assalto no Novo Cruzeiro
Yago Cardoso
Marcelo Franco Marino apresentou à imprensa a conclusão do inquérito e as provas do crime recolhidas para investigação
Marcelo Franco Marino apresentou à imprensa a conclusão do inquérito e as provas do crime recolhidas para investigação
A Polícia Civil de Ipatinga concluiu o inquérito que investigou o caso de tentativa de assalto de uma dupla de bandidos contra um cabo da Polícia Militar, que resultou na morte de um dos criminosos, enquanto o outro fugiu. Esse segundo envolvido foi preso dias depois. As investigações apontam que o militar agiu em legítima defesa, informou o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, Marcelo Franco Marino, em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira (8).
O caso ocorreu no dia 12 de outubro deste ano, na rua São Pedro, no bairro Novo Cruzeiro, em Ipatinga, conforme noticiado pelo Diário do Aço. O assaltante morto foi identificado como João Carlos Luís da Costa, de 16 anos. Ele já tinha passagens pela polícia por atos infracionais diversos, principalmente delitos contra o patrimônio.
O segundo autor, de 24 anos, chegou a ser atingido no tornozelo pelo policial, mas conseguiu fugir. No entanto, foi preso pela polícia dias depois, porém, por causa de uma condenação na justiça por um outro crime praticado há algum tempo. Agora será julgado pela prática dessa tentativa de assalto no Novo Cruzeiro, podendo sofrer regressão de pena.
Características
O delegado Marcelo Franco Marino destacou que, pelo seu histórico, o adolescente morto se gabava de ser assaltante, tinha uma personalidade voltada para prática de atos infracionais graves e de pretender matar policiais.
Se o policial militar não tivesse reagido em legítima defesa, a probabilidade de ele ser assassinado nesse evento era enorme, porque assim que ele fosse identificado como PM, a tendência seria que o infrator o eliminasse. Sabemos que o policial quando está na rua tem que tomar cuidado redobrado para não ser vítima de assalto, porque se ele for dominado, ele corre um risco enorme de ser assassinado só pelo falto de ser policial”, afirmou.
Reprodução
João Carlos Luís da Costa, de 15 anos, já tinha passagens pela polícia e morreu ao apontar arma para policial durante assalto na madrugada desta terça-feira, no bairro Novo Cruzeiro
João Carlos Luís da Costa, de 15 anos, já tinha passagens pela polícia e morreu ao apontar arma para policial durante assalto na madrugada desta terça-feira, no bairro Novo Cruzeiro
Provas
Segundo o delegado, o inquérito policial será enviado à justiça com as provas necessárias. Foi apreendida a arma de fogo utilizada na tentativa de assalto, uma pistola 9mm, equipada com mira a laser, que estava com a numeração raspada e municiada com 11 cartuchos íntegros. E também as imagens de câmeras de segurança, que mostram o momento da tentativa de assalto”, citou.
Disparos
Marcelo Franco Marino também relatou que o assaltante de 16 anos foi atingido pelo policial por três disparos, dos quais um acertou o seu rosto, outro o toráx e o terceiro o joelho.
O policial atirou somente o necessário para se defender. Se não tivesse agido com rapidez naquele momento, ele seria executado. Ele usou a arma de serviço dele e disparou o mais rápido possível para conseguir conter a agressão que estava sofrendo. Portanto, a ação dele foi de legítima defesa do início ao fim”, pontuou.
Crime
O caso ocorreu na madrugada de 12 de outubro deste ano, quando dois assaltantes foram atacar um homem que chegava em casa e guardava o carro na garagem. A vítima era um policial militar, revidou ao ataque e matou um dos assaltantes. O segundo envolvido conseguiu fugir. A ocorrência foi registrada por volta de 2h da madrugada, na rua São Pedro, bairro Novo Cruzeiro em Ipatinga, conforme noticiado pelo Diário do Aço à época.
O assaltante armado foi atingido e caiu imediatamente ao lado do carro da vítima, portando uma pistola Taurus calibre 9mm entre as pernas. Com isso, o segundo assaltante, que dava cobertura, saiu correndo. Uma equipe do SAMU chegou a ser acionada, o assaltante já tinha entrado em óbito.
Outro crime
A polícia também descobriu que, minutos antes da tentativa de assalto no bairro Novo Cruzeiro, foi essa dupla que tentou roubar um BMW no bairro Ideal, depois de render e agredir o proprietário do carro, que estava com a filha de quatro anos. Eles não conseguiram dirigir o carro automático, desistiram e foram para o Novo Cruzeiro.
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Marcelo Costa
09 de novembro, 2021 | 06:57Qualquer pessoa que mata e alega legítima defesa precisa ter a versão investigada sim. Parece injusto, mas é para EVITAR que qualquer um saia por aí, sente o dedo no gatilho em direção a quem não gosta, por um MOTIVO BANAL qualquer, e depois alegue legítima defesa. A investigação policial num caso desses é para evitar uma barbárie.”
Patric
08 de novembro, 2021 | 21:14Acho que nenhum cidadão deveria ser preso por matar vagabundo,matou,olhou a ficha do cara e viu que é vagabundo, dê os parabéns e vida que segue”
Ferreira
08 de novembro, 2021 | 17:48Agiu em legítima defesa, de si próprio e da sociedade, livrou a Cidade desses vermes, evitou que esses vagabundos fizessem desgraças na vida das pessoas de bem. Dêem uma medalha a esse herói!”