02 de dezembro, de 2021 | 12:01

Perfis hackeados no Instagram são usados em golpes de falsas vendas no Vale do Aço

Perfis na mídia social Instagram estão sendo hackeados e utilizados pelos marginais para aplicar golpes em falsas vendas de móveis ou eletrodomésticos. Nos últimos dias, vítimas da nova modalidade de golpe acionaram a Polícia Militar para denunciar os crimes praticados por meio das contas invadidas. Uma delas é da influenciadora digital de Timóteo, a Shirley Novaes, que já conseguiu reaver a conta, conforme o vídeo divulgado por ela no perfil recuperado.

Uma das vítimas dos golpistas, que chegou a depositar R$ 500 pensando que comprava uma mesa e jogo de cadeiras, é uma idosa de 64 anos moradora do bairro Novo Horizonte, em Timóteo. Ela relatou que viu no perfil da Shirley anúncios de vendas de móveis, eletrodomésticos e outros objetos.

A vítima negociou a compra da mesa e jogo de cadeiras por R$ 500. Ela queria levar o dinheiro até a “vendedora”, mas o golpista disse que não recebia dinheiro em mãos. O criminoso passou uma chave PIX com a qual a idosa fez a transferência para a conta em nome de Júlio C. Leão Souza, no banco Santander.

O golpista ainda pediu o endereço da vítima para fazer a entrega da mesa até as 19h de quarta-feira, o que não foi cumprido. Contudo, como ela acabou descobrindo horas depois, estava sendo enganada. A idosa viu uma reportagem na TV onde a influenciadora revelava que teve o perfil hackeado e esse perfil era usado por estelionatários.

Morador de Santana do Paraíso também foi vítima de golpistas

Ainda na quarta-feira, um jovem morador do Residencial Bethânia, em Santana do Paraíso, acionou a PM para relatar ter sido vítima de golpistas que utilizaram o perfil de Cleiton Sete. Como no outro caso, eles anunciaram a venda de móveis e eletrodomésticos com preços bem abaixo de venda em loja, tática utilizada para atrair as vítimas.

O jovem passou a negociar com o falso “Cleiton” uma geladeira e uma máquina de lavar roupas. Na terça-feira, a vítima fez um PIX para a conta fornecida em nome de Michel Ramos Santana, no valor de R$ 1 mil. Para piorar o prejuízo do rapaz, ele fez o procedimento duas vezes, pois o primeiro havia acusado um erro, contudo ao verificar o extrato do banco, constava a transferência.

Ao entrar em contato com o vendedor, ele prometeu que até as 17h de terça-feira, os eletrodomésticos comprados estariam na casa da vítima. O jovem desconfiou de algo errado ao verificar, antes do horário marcado, que ele já estava bloqueado pelo suposto Cleiton no perfil do Instagram.

O jovem descobriu que Cleiton teve a conta invadida e tomada por um estelionatário desde o último dia 27 de novembro. O dono do perfil confirmou para a vítima a situação e calculou que pelo menos 15 pessoas já foram lesadas pelos marginais com as falsas vendas. Os casos registrados foram encaminhados para a Polícia Civil.

Além destes casos, de invasão e hackeamento de perfis, a polícia alerta a população sobre o cuidado ao fazer compras no Instagram. Marginais também estão fazendo perfis parecidos com os de empresas e influenciadores digitais para aplicar golpes em vendas de bens ou de prestação de serviços, como hospedagem em hotéis ou pousadas.

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Alguns dos golpes praticados no Instagram

O portal de notícias Canal Tech divulgou recentemente alguns dos golpes mais praticados no Instagram. A reportagem teve como base uma pesquisa realizada pela ESET, empresa de detecção de ameaças, que levantou os tipos de crimes virtuais e golpes aplicados na plataforma.

O phishing é usado pelos marginais para pegar do usuário as suas informações pessoais e credenciais de acesso. A estratégia mais usada é provocar um senso de urgência, com um e-mail fraudulento que diz que a conta pessoal da vítima foi invadida e que ela deve digitar suas informações no link contido na mensagem.

As contas clonadas são usadas por marginais que tentam se passar por pessoas para poder enganar usuários da rede social. Há ainda os golpes românticos, quando o golpista conquista a confiança da vítima pela rede social.

Assim que passa a ter uma relação com a pessoa, o criminoso começa a pedir dinheiro, usando como justificativa uma emergência médica ou uma viagem para que ele possa encontrar a vítima. Há ainda os vendedores, marginais que utilizam anúncios falsos para lesar as vítimas.