07 de dezembro, de 2021 | 14:56
Procura por cursos de especialização aumentou na pandemia, aponta pesquisa
Em 2021, número de alunos da pós-graduação cresceu 4,8%
Divulgação
Na comparação com antes da pandemia, o número de alunos matriculados na pós-graduação foi de 1,3 milhão - um crescimento de 4,8% em 2021 se comparado a 2019
Na comparação com antes da pandemia, o número de alunos matriculados na pós-graduação foi de 1,3 milhão - um crescimento de 4,8% em 2021 se comparado a 2019
O número de alunos matriculados na pós-graduação no Brasil foi de 1,3 milhão um crescimento de 4,8% em 2021 se comparado a 2019. Trabalho remoto, mais tempo em casa e mudança de emprego foram os pontos que impulsionaram profissionais já formados a buscarem por mais cursos de especialização, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Semesp, entidade que representa as mantenedoras de ensino superior no país.
Para o economista e diretor executivo do Semesp Rodrigo Capelato, com o ensino a distância intensificado pela pandemia a pós-graduação se reinventou. Embora a ausência de contato presencial com colegas tenha tido certo impacto, a falta de necessidade de se deslocar até as instituições e, consequentemente, melhor otimização do tempo de aulas com outras atividades, fez com que a modalidade ganhasse mais destaque. A idade e uma formação já existente também contribuíram para a procura.
Houve um desempenho muito bom [na busca por cursos remotos], isso porque teve muita gente que ficou desempregada ou teve contrato de trabalho suspenso. Essas pessoas foram buscar uma especialização no formato de aulas remotas, [algo] que combina bem com esse púbico de pessoas mais velhas. É uma forma de aumentar o grau de empregabilidade”, explicou o economista.
O levantamento do Semesp também apontou crescimento no número de matrículas dos cursos de mestrado e doutorado. Embora tenha ocorrido uma diminuição de 1,7% entre os anos de 2019 e 2020, houve um crescimento considerável de 18,1% em 2021, chegando a 441 mil matrículas.
Já a graduação, ainda de acordo com a pesquisa, apresentou queda de 5% de matriculados no mesmo período. Nessa etapa, a falta de aulas presenciais impactou negativamente para o número de matrículas. A gente teve uma queda na graduação, isso se dá muito porque as aulas deixaram de ser presenciais. Então, houve uma queda importante, que só não foi maior porque a educação a distância continuou crescendo na pandemia. No começo de 2020, antes da pandemia, houve uma entrada boa de ingressantes”, disse Capelato.
O estudo do Semesp também analisou a cor dos estudantes. Nos cursos de especialização, a predominância foi de alunos autodeclarados como brancos, sendo 716 mil alunos ou o equivalente a 60% do total. Na graduação, em 2021, houve 48,7% de alunos de cor parda e preta, já a pós-graduação lato sensu teve 38% dos estudantes.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil
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