13 de março, de 2022 | 18:19

Vale do Aço registra saldo positivo na criação de vagas de trabalho

Enquanto Minas Gerais eliminou 1.083 empregos com carteira assinada e Belo Horizonte teve eliminados 81 empregos formais, no mês de janeiro de 2022, o Vale do Aço liderou a geração de postos de trabalho no estado.

O levantamento, realizado pelo geógrafo William Passos, colaborador do Diário do Aço, com base no Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Previdência Social, é do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Campus Avançado Ipatinga.

Impulsionado por Ipatinga, que abriu 636 novas vagas, a segunda colocação no estado, e por Belo Oriente, que criou 203 postos formais, a 11ª posição em Minas, o Vale do Aço liderou a geração de empregos com carteira assinada no mês de janeiro de 2022.

"A Região Metropolitana do Vale do Aço, que inclui Ipatinga, Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso, gerou 254 empregos em janeiro. Já o que eu chamo de Região Metropolitana Expandida, que agrega também Caratinga e Belo Oriente, gerou 497 novas vagas. Ipatinga foi o segundo maior gerador de empregos do estado em janeiro, somente atrás de Patos de Minas. Belo Oriente foi o 11º maior gerador de empregos. Todo este quadro garantiu ao Vale do Aço a condição de liderança na criação de vagas com carteira assinada em todo o estado no primeiro mês do ano, na contramão de Minas, que eliminou 1.083 empregos e de Belo Horizonte, que destruiu 81 vagas", afirmou o geógrafo, pesquisador da Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

Na Região Metropolitana Oficial, os 636 empregos gerados por Ipatinga foram impulsionados pela Construção Civil, que abriu 759 postos de trabalho. Santana do Paraíso (-42), Coronel Fabriciano (-82) e Timóteo (-253) registraram saldo negativo. Na Região Metropolitana Expandida, o desempenho de Belo Oriente (saldo de 203 empregos) e de Caratinga (saldo de 40 vagas) foram garantidos, respectivamente, pela Agropecuária, que formalizou 128 novos vínculos no primeiro, e pelo Setor de Serviços, que abriu 51 novas vagas no segundo.

O desempenho de Ipatinga, como o segundo maior gerador de empregos do estado, garantiu ainda ao município do Vale do Aço a liderança na geração de postos de trabalho em janeiro entre as maiores economias do estado de Minas Gerais, posicionando-se até mesmo à frente da capital, Belo Horizonte, que apresentou saldo negativo. Esta tendência foi seguida também por Uberlândia, que eliminou 222 vagas, por Juiz de Fora, que perdeu 599 empregos, e por Extrema, que apresentou saldo líquido de 73 demissões.

Além de Ipatinga, entre os maiores PIBs (Produto Interno Bruto) de Minas Gerais, somente Montes Claros (saldo de 256 empregos) e Uberaba (saldo de 38 vagas) registraram desempenho positivo num mês tradicionalmente de geração mais fraca de postos com carteira assinada em função de um número maior de demissões.

Observatório

Com uma equipe formada pelo geógrafo e especialista em desenvolvimento regional, William Passos, pelo técnico em Assuntos Educacionais, Lucas Pimenta, e pelo bolsista e graduando em Engenharia Elétrica, Felipe de Souza, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, no IFMG Ipatinga, no bairro Veneza, produz conhecimento e inteligência estatística e geográfica para o desenvolvimento do Vale do Aço, mediante a produção e análise de informações sobre a economia, a população, a sociedade e o território dos 28 municípios da Região Metropolitana mais Colar Metropolitano.

Com isso, o Observatório produz e divulga análises de cenários que apoiam a tomada de decisão de cidadãos, instituições, gestores públicos, investidores e empresários, colocando-se como um canal de mediação, via assessoria e consultoria técnica, do Vale do Aço com as estatísticas oficiais.