03 de maio, de 2022 | 09:00

Vale do Aço gera 1.584 empregos no primeiro trimestre de 2022

Setor de Serviços, Construção Civil e Indústria puxam o emprego na Metropolização nos três primeiros meses do ano

Com a divulgação dos resultados de março do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o Observatório das Metropolizações Vale do Aço, instalado no IFMG Ipatinga, consolidou os dados do mercado de trabalho do primeiro trimestre (janeiro a março) de 2022 exclusivamente para o Diário do Aço. No total, foram gerados 1.584 empregos com carteira assinada em toda a Metropolização, sendo 674 na Região Metropolitana oficial (RM), 1.528 na Região Metropolitana Expandida (RME) e 56 no Colar Metropolitano Contraído (CMC), de acordo com a tabulação e os cálculos do geógrafo William Passos, que também integra a Rede Observatórios do Trabalho, do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

Integram a RM os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo. Já a RME é formada por estes quatro municípios mais Belo Oriente e Caratinga, enquanto o Colar Metropolitano Contraído é integrado por Açucena, Antônio Dias, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Córrego Novo, Dionísio, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Ipaba, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Pingo-d'Água, São João do Oriente, São José do Goiabal, Sobrália e Vargem Alegre.

No primeiro trimestre deste ano, o Setor de Serviços, a Construção Civil e a Indústria puxaram o emprego no Vale do Aço, somando a geração de 1.865 postos de trabalho com carteira assinada somente na Região Metropolitana Expandida. Foram 1.237 empregos formais gerados apenas pelo Setor de Serviços, 523 empregos criados pela Construção Civil e 105 novos postos de trabalho abertos pela Indústria.

Maiores geradores

No período de janeiro a março, Ipatinga gerou 643 novos empregos, Caratinga abriu 482 novas vagas e Belo Oriente, 372 novos contratos com assinatura em carteira. Os três municípios foram os maiores responsáveis pela geração de emprego formal no Vale do Aço no período. No entanto, Coronel Fabriciano, ao produzir 194 novos postos de trabalho, e Santana do Paraíso, ao registrar saldo de 7 empregos, também contribuíram para a geração de vagas no mercado de trabalho formal.

Um importante indicador, segundo o geógrafo William Passos, que coordenou o levantamento, foi a geração de 56 novas vagas formais no CMC, que integra exatamente os municípios mais carentes da Metropolização. “Os municípios do Colar Metropolitano Contraído têm economia mais fragilizada e dinamismo demográfico menor, sendo, por isso, muito dependentes das prefeituras para a geração de empregos com carteira assinada. Nestes municípios, a ocupação informal, com destaque para o trabalho por conta própria, ao lado das transferências de renda, sob a forma de aposentadorias, pensões e benefícios sociais, sobretudo do governo federal, como o Bolsa Família e, especialmente, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que paga um salário mínimo por mês aos idosos e às pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, têm importância fundamental na dinamização da renda circulante que alimenta a subsistência do comércio e da pouca atividade de serviços existente, em sua maioria, sem formalização”, explica o geógrafo. “Fora isso, o salário pago pelas prefeituras, e também as aposentadorias e pensões, no caso das prefeituras com Regime Próprio de Previdência Social, são o grande motor da economia. Ver estes municípios registrarem saldo na geração de vagas, isto é, mais admissões que demissões com carteira assinada, é muito importante. Significa que as prefeituras estão conseguindo dar impulso em suas economias e, consequentemente, seus mercados de trabalho estão respondendo com a geração de novos empregos com assinatura em carteira. É preciso parabenizar os prefeitos e dizer que eles precisam permanecer neste rumo porque está dando certo”, aponta William.

Mercado

Com estes resultados, ao fim de março de 2022, apenas os quatro municípios da RM somavam 100.398 trabalhadores formais. Os seis municípios da RME contabilizavam 125.942 contratos com carteira assinada e os 22 municípios do CMC agregavam 9.632 registros trabalhistas formalizados. Com isso, o mercado de trabalho do Vale do Aço passou a totalizar, com o encerramento do terceiro mês do ano, 135.574 trabalhadores com carteira assinada e todos os direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o terceiro maior mercado de trabalho de Minas Gerais, somente atrás da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do conjunto regional formado pelos municípios do Triângulo Mineiro.

Entretanto, como lembra o coordenador do levantamento, é importante ponderar que estes números não estão consolidados. “As empresas têm até 12 meses para fazer a declaração do Caged fora do prazo. À medida que as informações fora do prazo forem chegando, o Ministério do Trabalho e Previdência vai atualizando os meses para trás. Os números consolidados mesmo só sairão no segundo semestre do ano que vem”, conclui.

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