
06 de fevereiro, de 2017 | 07:10
Com PM em greve no Espírito Santo, secretário aciona Ministro da Justiça e pede tropas federais
Sem chegar a um acordo sobre reivindicações salariais, mensagens via celular leva o terror para os capixabas
Em vídeo divulgado na noite deste domingo (5), o Secretário Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, informa o fim das conversas e negociação com familiares de policiais militares, que realizam protestos desde a última sexta-feira (3). Informou também que acionou o Ministro da Justiça e solicitou o envio de forças federais para o ES.Com a polícia fora das ruas, a prefeitura de Vitória e de outras cidades decidiram suspender o início do ano letivo nesta segunda-feira (6) na rede municipal, para os estudantes do turno matutino, creches e o atendimento em todas as unidades de saúde da capital. Escolas e faculdades particulares também não devem abrir.
Divulgação
Paralisação começou na noite de sexta-feira, com mobilização de familiares de policiais militares e se espalhou rapidamente por todo ES

Terror
Com a polícia fora das ruas, mensagens de celular com relatos sobre ações de criminosos espalharam-se rapidamente via telefones celulares. "A ideia é espalhar o pânico entre a população e potencializar a imagem dos crimes que normalmente ocorrem e dos que ocorrerem por causa da falta de policiais na rua. Vamos parar o estado todo", afirma um suposto policial em um dos milhares de áudios gravados e distribuidos via whatsapp.
Entenda o que ocorre no Espírito Santo
A Polícia Militar (PM) está fora das ruas desde a madrugada de sábado (4). Familiares fazem um protesto e impedem a saída de carros e policiais dos quartéis. As manifestações acontecem em toda a Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma.
Além de reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno. Também são denunciados o sucateamento da frota e falta de perspectiva de carreira.
Eles protestam pelos seus familiares porque os policiais militares são proibidos pelo Código Penal Militar de protestar, fazer greve ou paralisação. A pena para o PM que tomar parte em atos desse tipo pode chegar a dois anos de prisão.
Sem acordo com policiais
O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, afirmou que as negociações com os policiais militares estão suspensas, enquanto eles não voltarem ao trabalho de patrulhamento das ruas e o atendimento das ocorrências. O governo também vai acionar a Justiça para decretar a ilegalidade do movimento. A declaração foi dada em um vídeo compartilhado na noite de domingo (5).
Estava marcada para esta segunda uma nova rodada de negociações às 13 horas, no Palácio Anchieta.
"A primeira providência adotada pelo governo para debelar esse movimento foi o ajuizamento de uma ação judicial requerendo a decretação da ilegalidade do movimento. Muito embora seja um movimento reivindicatório, o que temos em mãos são ações que estão impedindo que a Polícia Militar possa realizar seu trabalho, e o que trabalho que lhe cabe, que é o patrulhamento das ruas e o atendimento das ocorrências".
"Além disso, foi determinado ao Comando da Polícia Militar a instauração de inquéritos policiais militares para apurar eventuais responsabilidades de indivíduos que estão incitando a tropa e facilitando que esse movimento atinja a população capixaba. Além disso, foi solicitado ao Ministério Público que faça a requisição desses inquéritos policiais militares.", afirmou Garcia.
"Enquanto não tivermos policiamento nas ruas para atender aos chamados dos capixabas, está determinada a suspensão de qualquer tratativa e negociação com representantes do movimento. Nossa intenção é negociar, sempre, porém essa negociação deve se pautar pelo respeito mútuo, e a condição para que os policiais venham patrulhar as ruas e atender as chamadas dos cidadãos capixabas", disse.
O secretário também afirmou que manteve contato pela manhã com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, relatando a situação do Espírito Santo e que ele se colocou à disposição do Estado para eventual necessidade de apoio de forças federais.
O impasse levou a prefeitura a suspender a volta às aulas na rede municipal para os estudantes do turno matutino. Segundo informa o site da prefeitura, "a administração municipal ainda irá avaliar as condições de segurança para definir se haverá aulas à tarde".
A prefeitura de Vitória também informou que suspendeu o atendimento em todas as unidades de saúde da capital, inclusive a vacinação contra a febre amarela.
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Renato Russo
06 de fevereiro, 2017 | 18:06Interessante é que o cidadão de direta t.n.c se ferra e continua defendendo partidos golpistas e mal caráter e falando mal da esquerda. Esse povo gosta mesmo é de bandido de terno e gravata e fala demagoga em nome de deus e da família.
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB) e seu Vice-governador César Colnago (PSDB),
mais seus queridos senadores do estado... Rose de Freitas (PMDB), Magno Malta (PR), esse é um mal caráter demagogo, sádico sociopata e burro simplista de nível extraordinário, conservador de direita também e Ricardo Ferraço (PSDB). Parabéns a todos os envolvidos. Espero que o Vale do aço preste atenção no exemplo desses governantes de partidos golpistas de direita que se dizem liberal no Brasil, e parem de chutar cachorro morto e colocar a culpa no fracassado do PT.”
Paulo Nishikawa
06 de fevereiro, 2017 | 11:18Imaginem a PM de S Paulo em greve. Os governos estão sucateando as polícias. Os do Rio de Janeiro nem tem os salários garantidos e estão trabalhando arriscando as suas vidas.”