03 de julho, de 2018 | 11:25

Youtuber Júlio Cocielo paga caro por post considerado racista

Marcas se posicionam acerca de polêmica e cancelam campanhas em que influenciador é protagonista

O que se publica na internet não tem fronteiras e as interpretações resultantes dela podem custar caro à imagem do autor. Que o diga o youtuber Júlio Cocielo, que na manhã do sábado (30), quando da partida entre França e Argentina, pela Copa da Rússia, fez um comentário considerado racista pela audiência em relação ao jogador francês Kylian Mbappé. Apagado posteriormente, o post do Twitter dizia: “mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”.

A reação do público já poderia ser esperada, mas o influenciador não imaginou o tamanho do problema que teria pela frente. No fim da tarde do dia 30, quando o tema já havia ganhado repercussão e posts antigos de Cocielo haviam sido resgatados por internautas, ele apagou toda sua timeline no Twitter, e se manifestou oficialmente sobre o assunto, pedindo desculpas.

“Cara, como eu falava merda. Na época esses comentários infelizes tinham uma interpretação totalmente diferente de hoje, um momento delicado. Não existe justificativa, isso fez eu me sentir muito mal só de imaginar ter sido uma pessoa escrota. Nunca mais se repetirá! Peço desculpas publicamente por ter ofendido inúmeras pessoas”, escreveu em seu Twitter.

Vários usuários de mídias sociais marcaram empresas, que possuíram ou possuem relação com ele, como Coca-Cola, Submarino, Itaú e Adidas cobrando um posicionamento. Cocielo também já foi garoto-propaganda de McDonald’s, Foster, Gillette, Tic-Tac e outras.

Em um post publicado na noite de domingo (1) o site Submarino afirmou que “repudia veementemente qualquer manifestação racista e que tomará as providências necessárias.” De acordo com o último levantamento do Google, publicado pelo site Meio & Mensagem, Cocielo aparece entre as dez personalidades de vídeo que mais influenciam os jovens, junto a nomes como Flavia Calina, Felipe Castanhari e Felipe Neto.

Algumas das marcas questionadas já substituíram peças publicitárias em que o jovem era o garoto propaganda, entre elas, o Itaú.